Polícia já tem informações sobre paradeiro de filha de Yara Paulino e investiga possível mandante

A Polícia Civil do Acre prendeu, nesta terça-feira (29), os principais envolvidos na tortura e assassinato de Yara Paulino da Silva, de 28 anos. O crime ocorreu no fim de março, no conjunto habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco.

Durante coletiva de imprensa, o delegado Leonardo Ribeiro afirmou que a filha de Yara, Cristina Maria, desaparecida desde o dia do homicídio, pode estar viva e ainda no estado do Acre.

Segundo o delegado, uma das prioridades da operação policial realizada nesta terça é reunir informações concretas sobre o paradeiro da bebê. Ele ressaltou que alguns detalhes não podem ser divulgados para não comprometer as próximas etapas da investigação.

Além dos executores, a ação também resultou na prisão de um suspeito apontado como possível líder de facção e responsável por ordenar a morte da vítima. Ribeiro informou que a maioria dos detidos participou diretamente tanto das agressões físicas quanto da execução da jovem.

Mandados de prisão foram cumpridos contra suspeitos de participação direta e indireta no crime. – Foto: assessoria/PCAC

Entre os oito presos estão Ismael Bezerra Freire, ex-companheiro de Yara Paulino, e o irmão dele, Mizael Bezerra. Ambos estavam presentes na casa onde a vítima foi mantida e torturada antes de ser levada à morte.

Durante os interrogatórios, Ismael negou ter estado no local, mas a investigação já comprovou a presença dele e do irmão durante o episódio de violência.

Relembre o crime que vitimou Yara Paulino

Yara foi morta no dia 29 de março, em via pública, após boatos infundados de que teria assassinado a filha recém-nascida, Cristina Maria, de apenas três meses.

Dias após o crime, uma ossada encontrada dentro de um saco de ração chegou a ser considerada como possível prova da morte da bebê, mas exames do Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que os restos não eram humanos.

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Conforme a principal linha de apuração da polícia, Yara foi vítima de uma espécie de punição interna imposta por uma facção criminosa — conhecida como “disciplina do tribunal do crime” — e não de um linchamento promovido por vizinhos, como se acreditou inicialmente.

As investigações também revelaram que a criança não possui certidão de nascimento. O casal até tentou registrá-la, mas o cartório recusou o processo devido a inconsistências nos documentos apresentados, e eles não retornaram para regularizar a situação.

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