Neurônios mais antigos podem ser regenerados, diz estudo

Uma equipe de pesquisadores da Ludwig Maximilian University of Munich, na Alemanha, descobriu uma forma regenerar neurônios antigos. A iniciativa utiliza um processo chamado reprogramação neuronal direta que consiste em alterar a função das células.

Perda de neurônios causa uma série de doenças

  • A perda de neurônios pode levar a sérios problemas no funcionamento do cérebro, impossibilitando a realização de tarefas simples do nosso cotidiano.
  • Até hoje, tentar reverter este processo parecia impossível.
  • No entanto, de acordo com os cientistas, o processo de reprogramação neuronal direta pode abrir esta possibilidade.
  • O método consiste em converter células não neuronais (também conhecidas como células gliais) em neurônios funcionais.
Ilustração de neurônios
Neurônios vão morrendo com o passar do tempo (Imagem: ColiN00B/Pixabay)

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Descoberta pode ajudar no tratamento de doenças neurodegenerativas

Segundo os pesquisadores, esse processo tem grande potencial para tratar distúrbios neurológicos, embora seja complexo e desafiador. O estudo foi feito com camundongos e revelou como um único fator de transcrição pode controlar quais genes estão ativos nas células.

A equipe usou novas técnicas para estudar o epigenoma (sistema que coreografa quais genes estão ativos em diferentes células) e descobriu um regulador que foi chamado de YingYang1. O regulador traz equilíbrio ao processo de conversão de astrócitos em neurônios.

Novo método pode ajudar no combate à demência, por exemplo (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

Durante o prcesso, o YingYang1 abre a cromatina e trabalha junto com o fator de transcrição (proteínas que se ligam ao DNA para ativar ou reprimir a transcrição de genes específicos) para transformar a célula.

Os responsáveis pela descoberta afirmam que os resultados podem ajudar no desenvolvimento de novas abordagens para o tratamento de lesões cerebrais e doenças neurodegenerativas. As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Neuroscience.

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