Indígenas Tembé protestam desde segunda-feira (28), em Tomé-Açu, na região de seu território demarcado e homologado, Turé-Marequita, cobrando esclarecimentos das empresas multinacionais que atuam dentro da terra indígena, mas não dialogam com os povos originários para dar explicações sobre suas operações, nem sobre o resultado de estudos de impactos.
Segundo os indígenas, a empresa Imerys fez um estudo de impactos socioambiental junto aos Tembé, em junho de 2024, mas ainda não deu retorno sobre o estudo e nenhuma explicação. Já a Hydro segue com suas atividades, adentrando no território sem comunicar os indígenas, manuseando tubulações de mineroduto e serviços de manutenção, além de cavar novos buracos, sem dar satisfação de suas operações, em uma proximidade de cerca de dois quilômetros próximo da terra indígena.
“Estamos tentando ter uma resposta da empresa Imerys-Artemyn, mas até agora nós ainda não fomos ouvidos. Eles entram no território, escavam, colocam tubos aqui e vão embora. Fazem esse serviços sem nos comunicar, sem reunir conosco. A mineradora Imerys passa com a tubulação dentro do território. A gente não sabe o que é que eles estão fazendo. Estamos tentando uma reunião com eles. Também há o descaso da Funai e do estado, o povo luta pelo estudo antropológico e ampliação do território que até o momento não tivemos retorno algum pela ampliação do nosso território”, afirma Isac Tembé.
A equipe de reportagem do Portal Ver-o-Fato entrou em contato com as empresas citadas, com a Funai e com a Secretaria de Estado dos Povos Indígenas do Pará (Sepi), mas até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.
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