
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizou, nesta quarta-feira (30), um a apresentação do alerta de cheia para Manaus e outras cidades amazonenses.
O relatório, divulgado e elaborado em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), traz previsões sobre as cotas máximas dos rios Negro, Solimões e Amazonas, além de análises climatológicas para os próximos meses.
Em Manaus, o rio Negro atingiu, na segunda-feira (28), a cota de inundação, com 27,56 metros.
Situação em Manaus
O Rio Negro deve atingir seu pico em meados de junho, com uma cota estimada entre 1 metro e 1,20 metro abaixo do recorde histórico de 2021.

Apesar da cheia menos intensa, a elevação do nível das águas já acende o sinal de atenção.
O pesquisador do INPA, Renato Sena, explicou que, embora o Rio Negro tenha registrado chuvas abaixo da média desde março, há expectativa de normalização nas próximas semanas.
No entanto, maio preocupa já que há a previsão de temporais mais intensos que pode sobrecarregar igarapés e sistemas de drenagem, aumentando o risco de alagamentos em áreas urbanas.
“O período de transição entre cheia e seca favorece tempestades com ventos fortes e trovoadas, o que pode agravar inundações”, alertou Sena.
Monitoramento em outros municípios
O 2º Alerta de Cheias da Bacia do Amazonas também destacou as projeções para:
- Manacapuru: situação similar a Manaus, com cheia 1 a 1,20 m abaixo de 2021; O município já atingiu a cota de inundação.

- Itacoatiara e Parintins: cotas entre 60 e 80 cm abaixo do recorde anterior, mas com 99% de possibilidade de atingir o nível de inundação e 94% de atingir a cota de inundação severa;

Parintins, por sua vez, tem mais de 80% de possibilidade de atingir o nível de inundação e apenas 1% de atingir a cota de inundação severa.

- Rio Madeira: atraso de 15 dias no pico, que ocorreu em meados de abril (e não no início do mês, como é comum).
A diretora de Hidrologia do SGB, Dra. Alice Castilho, reforçou que o monitoramento e divulgação dos níveis e projeções será mantida.
Próximos passos
Defesas Civis municipais e estaduais já foram acionadas para acompanhar as variações dos rios.
Em Manaus, a preocupação imediata são as chuvas intensas de maio, que podem causar transtornos antes mesmo do pico da cheia.
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