Panificadora clandestina é interditada por ‘condições extremamente insalubres’ no Litoral Norte

Empreendimento operava em galpão e abastecia mercados e estabelecimentos da região

A Vigilância Sanitária de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, interditou uma fábrica clandestina de pães e gelo neste domingo (4), que operava em um galpão no bairro Sertão do Trombudo. Segundo a Prefeitura, o estabelecimento funcionava sem alvará e em condições extremamente insalubres, colocando em risco a saúde dos consumidores. O proprietário foi detido.

Os fiscais que realizaram a interdição se depararam com um cenário crítico. Eles verificaram que o empreendimento abastecia mercados e comércios da região, sem qualquer controle de qualidade ou condições mínimas de higiene.

Segundo a Prefeitura, o responsável pelo estabelecimento foi detido e permanece sob custódia. Ele pode responder por crime contra a saúde pública. Além da falta de alvará, a Vigilância Sanitária constatou outras infrações, como armazenamento impróprio de insumos, ambiente inadequado para produção de alimentos e manipulação sem supervisão técnica.

 

Os fiscais encontraram também indícios de trabalho em condições degradantes. Segundo eles, dois funcionários viviam no interior do galpão, dormindo em condições precárias, com camas improvisadas diretamente no chão, cheiro forte, utensílios impróprios e ausência total de higiene nos setores de produção.

Na área da panificação, a situação era ainda mais crítica. Além de pisos quebrados, paredes inacabadas e armazenamento irregular, havia também ratos, baratas e até animais domésticos circulando entre os equipamentos.

“Ao verificar a denúncia, encontramos um local totalmente impróprio e com sérios riscos à saúde pública. A fábrica foi imediatamente interditada e seguimos atuando para garantir que nenhum produto irregular continue em circulação”, explicou o diretor da Vigilância Sanitária, João Íris Romera.

Um relatório técnico completo começou a ser elaborado nesta segunda-feira (5) e será encaminhado aos órgãos competentes, incluindo o Ministério Público do Trabalho, para que as possíveis irregularidades trabalhistas sejam apuradas.

A operação da Vigilância Sanitária continua para limpar  o depósito, rastrear os produtos já distribuídos e avaliar a responsabilidade dos estabelecimentos que os receberam. Até o momento, segundo a Prefeitura de Itapema, os mercados e pontos de venda que comercializarem esses produtos serão tratados como vítimas, mas a situação será devidamente apurada pelas autoridades competentes.

O secretário de Saúde de Itapema, Fabrício Lazzari, também se manifestou: “Não vamos tolerar esse tipo de prática na nossa cidade. Saúde pública é coisa séria. Nossa equipe agiu com responsabilidade para proteger a população. Quem coloca vidas em risco será responsabilizado.”

           

             

Operação apreende 3,6 toneladas de alimentos impróprios em cidades do Extremo Oeste

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Mais de 3,6 toneladas de alimentos impróprios para o consumo foram apreendidos em estabelecimentos na comarca de Descanso, no Extremo Oeste de Santa Catarina. As fiscalizações foram feitas por agentes do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio do Programa de Proteção Jurídico-Sanitária dos Consumidores de Produtos de Origem Animal (POA), entre novembro de 2024 e a última quinta-feira (24).

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