O governo dos Estados Unidos tem endurecido as proibições de vendas de chips semicondutores da Nvidia para a China. No entanto, combater o contrabando de produtos da empresa para o território chinês tem se mostrado um desafio e tanto.
O acesso a estas tecnologias por Pequim viola as leis de controle de exportação dos EUA. Por conta disso, legisladores do país estão trabalhando em um novo projeto que visa identificar a localização de chips de inteligência artificial fabricados pela empresa norte-americana.
Chips poderiam ser inutilizados
De acordo com reportagem da Reuters, milhares de produtos da Nvidia estariam sendo contrabandeados para a China. A empresa, no entanto, afirma que não pode rastrear os seus chips após eles serem vendidos.
As autoridades dos EUA dizem acreditar que a big tech respeita a lei do país. O problema seria que alguns compradores dos dispositivos estariam repassando estes produtos para destinatários chineses sem autorização.

Para combater este contrabando, legisladores republicanos e democratas querem criar um projeto de lei que permita rastrear os chips. A ideia é analisar a comunicação destes produtos com um servidor de computador seguro, calculando o tempo que leva para o sinal chegar.
Ao mesmo tempo, os políticos norte-americanos trabalham para desenvolver um sistema que possibilite inutilizar os chips caso eles estejam na China ou em qualquer outro país sancionado pelos Estados Unidos.
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Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.
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