Uma execução de brutalidade estarrecedora abalou a Vila Pacajazinho, a 167 quilômetros da sede de Novo Repartimento, no sudeste do Pará, na tarde de segunda-feira (5). Elidone Castelo Branco foi morto a tiros por homens encapuzados em uma lanchonete situada em um posto de combustível, em um crime que deixou o chão coberto de estojos de munição e a comunidade em choque.
A violência desenfreada, descrita por testemunhas como “um cenário de guerra”, expõe a fragilidade da segurança em áreas remotas do estado e levanta questionamentos sobre a impunidade que alimenta tais atos.
Segundo a Delegacia de Polícia de Novo Repartimento, que assumiu a investigação, o crime ocorreu por volta das 12h30. Elidone estava sentado à mesa da lanchonete quando uma caminhonete branca, sem placas, estacionou no local. Pelo menos dois homens encapuzados desceram do veículo e abriram fogo contra a vítima, atingindo-a em várias partes do corpo.
Um dos criminosos ainda tomou a arma de Elidone e disparou novamente, garantindo a morte imediata. O grupo fugiu na mesma caminhonete, deixando para trás um rastro de terror e dezenas de estojos de projéteis espalhados pelo chão.
A perícia realizou a análise da cena do crime, recolhendo as munições para investigação. O corpo de Elidone foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Tucuruí para necropsia e procedimentos legais. A polícia trabalha para identificar os autores e esclarecer a motivação do homicídio, mas a ausência de placas no veículo e o uso de capuzes pelos criminosos dificultam as apurações iniciais.
Um crime que clama por justiça
A quantidade de estojos de munição encontrados na lanchonete sugere uma ação planejada, com o objetivo claro de eliminar a vítima sem deixar chances de sobrevivência. “É uma crueldade que vai além do imaginável. Quem faz isso não tem respeito pela vida”, afirmou um morador da vila, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
A execução em plena luz do dia, em um espaço público, reforça a sensação de insegurança na região. As autoridades enfrentam o desafio de combater grupos criminosos que operam com ousadia, muitas vezes ligados a conflitos agrários, tráfico de drogas ou disputas por poder local.
Enquanto a investigação avança, a população de Pacajazinho cobra respostas e medidas concretas para evitar que a violência continue a ditar o cotidiano.
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