A cidade de São Paulo inaugurou nesta terça-feira, 6 de maio, o heliponto Resgate 01, instalado no canteiro central da Marginal Tietê, nas imediações da Ponte da Vila Maria. Idealizado pelo vereador Major Palumbo, o equipamento promete agilizar atendimentos emergenciais e o transporte aeromédico na capital. Na mesma solenidade, também foram entregues 60 novas motolâncias para reforçar a frota do SAMU.
A cerimônia contou com a presença do prefeito Ricardo Nunes (MDB), do vereador Major Palumbo (PP), do deputado estadual Capitão Telhada (PP), do secretário municipal de Saúde, Dr. Luiz Carlos Zamarco, da coordenadora geral do SAMU SP, Dra. Nadia Afif, do secretário adjunto, Dr. Maurício Serpa, do secretário de Limpeza Urbana, Osmário Ferreira, do secretário municipal das Subprefeituras, Fabrício Cobra, além de autoridades do Corpo de Bombeiros, GRAU (Grupo de Resgate e Atendimento às Urgências), SAMU e representantes de secretarias municipais.
Estrutura permitirá resgates mesmo em baixa visibilidade
Equipado com iluminação noturna, balizamento, biruta e cercamento, o Resgate 01 é o primeiro de uma série de helipontos planejados para as marginais Tietê e Pinheiros e áreas estratégicas como a Represa de Guarapiranga. O projeto foi desenvolvido com apoio técnico do Comando de Aviação da Polícia Militar (CavPM).
“O objetivo é colocar o helicóptero nos locais de maior movimento, sem que a gente interrompa o trânsito e pare a cidade”, explicou o vereador Major Palumbo. “Cada minuto conta no atendimento a uma emergência. Se a gente tiver o helicóptero posicionado num lugar onde ele não atrapalhe o trânsito até a chegada das viaturas, a vítima é estabilizada, transportada com segurança e rapidez para o hospital. Este é um marco na cidade. É o primeiro heliponto eventual, chamado Resgate 01, para pouso e decolagem de sistemas de salvamento e segurança pública. Tenho certeza que ele vai ajudar muito a salvar vidas.”
Palumbo ainda destacou o avanço no serviço de ambulâncias: “A cerca de três anos, a gente tinha 55 ambulâncias com 60 atendimentos por dia. Hoje temos 140 ambulâncias na rua. Com a Operação Delegada, os bombeiros atuam nas emergências nas folgas, aumentando o número de viaturas. Passamos de 27 motolâncias para 97. Em 2023, registramos um recorde histórico no Brasil: 314 mil atendimentos do SAMU, o maior da América Latina. Agora, com as novas motos, vamos conseguir fazer mais.”
O prefeito Ricardo Nunes celebrou o investimento: “Estou bastante feliz. São 80 novos enfermeiros, 60 técnicos, 60 novas motos. A gente tinha 20 e passa a ter 80, o que vai ajudar bastante a salvar vidas em São Paulo. Motos bem equipadas, de boa qualidade, e profissionais muito bem treinados.”
Ele também lembrou o histórico recente do serviço: “Estávamos há 16 anos sem aumentar o número de motolâncias. Passamos a ter agora 80 motos em operação, mais 27 de reserva técnica. Em 2022, o SAMU tinha 60 ambulâncias. Hoje são 142, incluindo 20 da operação delegada com o Corpo de Bombeiros. Mais que dobramos o número de ambulâncias, mais que triplicamos o número de motolâncias. Reduzimos o tempo de atendimento em oito minutos e vamos reduzir ainda mais. Os investimentos vão continuar.”
O secretário de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, também ressaltou a importância da ampliação do atendimento: “A saúde cresceu muito nos últimos anos. Saímos de três para 34 UPAs, estamos reformando e ampliando hospitais, aumentando o número de UBSs e investindo na capacitação dos nossos funcionários. Hoje estamos entregando 60 motolâncias e inaugurando o primeiro heliponto de resgate da cidade, que vai ajudar muito em acidentes graves. Ampliamos de 80 para 120 ambulâncias em 2024, o que já diminuiu o tempo de resposta. Com as motolâncias, vamos avançar ainda mais.”
Para a coordenadora do SAMU SP, Dra. Nadia Afif, o ganho em agilidade é fundamental: “Com as motolâncias a gente vai ganhar muito mais agilidade. Os profissionais que atuam nelas foram muito bem selecionados e passaram por treinamentos do nosso núcleo de ensino e pesquisa. São enfermeiros e técnicos preparados para o melhor atendimento à população de São Paulo.”
Prevenção de acidentes e expansão viária também são prioridades
A iniciativa integra as ações do Maio Amarelo, campanha nacional de conscientização para redução de acidentes de trânsito. No primeiro trimestre de 2025, 208 pessoas morreram em acidentes na capital. Destes, 93 estavam em motocicletas — representando 45% dos casos. Houve, porém, uma queda de 5,5% no número de óbitos em comparação com o mesmo período de 2024.
Entre as ações da Prefeitura para prevenção, estão a ampliação da rede de faixas azuis — que já somam 221 km e têm meta de chegar a 400 km até o fim do mandato —, além de semáforos inteligentes, melhorias na sinalização e reforço do SAMU, que ganhou 1.500 novos profissionais.
