Especialistas emitem alerta que nave espacial de 500 quilos deve atingir a Terra esta semana, revelando onde ela pode colidir

Especialistas emitem alerta que nave espacial de 500 quilos deve atingir a Terra esta semana, revelando onde ela pode colidir

Um objeto espacial de quase meia tonelada está prestes a fazer uma reentrada dramática na atmosfera terrestre, mais de cinco décadas após seu lançamento. Trata-se de um fragmento do Kosmos 482, uma sonda soviética que falhou em sua missão rumo a Vênus em 1972 e desde então orbita a Terra como um “lixo espacial” histórico. Agora, especialistas alertam que seus restos podem atingir o planeta entre os dias 8 e 11 de maio, com riscos mínimos, mas não inexistentes, para a população.

A história do Kosmos 482 começa em março de 1972, quando a União Soviética tentou enviar a sonda para estudar a superfície de Vênus. Equipada com instrumentos científicos e um sistema de paraquedas para resistir à atmosfera venusiana, a nave teve seu destino alterado por uma falha no motor. Em vez de seguir para o planeta vizinho, ficou presa na órbita terrestre, onde permaneceu por anos. Em 1981, a maior parte da estrutura queimou ao reentrar na atmosfera, mas um módulo de aproximadamente 500 kg e 1 metro de diâmetro, projetado para suportar condições extremas, sobreviveu e continua circulando o planeta.

Agora, cálculos indicam que esse fragmento deve finalmente cair na Terra. A janela de reentrada prevista varia entre 7 e 13 de maio, com estimativas mais precisas possíveis apenas horas antes do evento. A dificuldade em prever o local exato do impacto se deve à trajetória irregular do objeto e à influência de fatores como a atividade solar e a densidade atmosférica. A área de queda potencial abrange todas as regiões entre as latitudes 52° norte e 52° sul — uma faixa que inclui partes da Europa, Ásia, Américas, África e Oceania, além de vastas extensões oceânicas, onde a probabilidade de impacto é maior.

Uma réplica do satélite que deverá cair na Terra
Uma réplica do satélite que deverá cair na Terra

Especialistas em monitoramento orbital destacam que, embora o risco seja baixo, não deve ser ignorado. Marco Langbroek, pesquisador de satélites da Universidade de Leiden, na Holanda, compara o perigo ao de um meteorito de porte similar: “A energia liberada seria equivalente, mas a diferença é que este objeto é feito de materiais construídos pelo homem”. Já Jonathan McDowell, astrônomo do Centro Harvard-Smithsonian, ressalta que o módulo foi projetado para resistir a altas temperaturas, o que aumenta a chance de partes chegarem intactas ao solo.

Curiosamente, o fragmento ainda carrega seu sistema original de paraquedas, criado para desacelerar a sonda em Vênus. Porém, após décadas no espaço, não há garantias de que o mecanismo funcione. Se ativado, poderia reduzir a velocidade de queda, mas especialistas consideram isso improvável devido ao estado de degradação do equipamento.

Sobre a responsabilidade por eventuais danos, acordos internacionais estabelecem que o país lançador — no caso, a Rússia, sucessora da União Soviética — seria juridicamente responsável. Apesar disso, a probabilidade de o objeto atingir áreas habitadas é mínima. Estatísticas indicam que 71% da superfície terrestre é coberta por oceanos, e mesmo em terra, regiões despovoadas representam a maior parte da zona de risco.

Enquanto aguardam a reentrada, cientistas aproveitam para coletar dados que ajudem a aprimorar a previsão de quedas de detritos espaciais. Atualmente, redes de telescópios e radares rastreiam mais de 30 mil objetos em órbita, mas casos como o do Kosmos 482 lembram que mesmo missões antigas podem surpreender décadas depois. Para a astronomia, cada evento desse tipo é uma oportunidade de aprender mais sobre o comportamento de objetos em atmosfera e os desafios do gerenciamento do lixo espacial.

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