Diante do cenário iminente de seca severa no Amazonas, a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) divulgou um pedido de socorro em nota.
A associação representa marcas como Samsung, LG, Electrolux, Panasonic e Midea, que atuam na Zona Franca de Manaus (ZFM).
O rio Amazonas registrou no domingo (16) a redução de dois centímetros, com a marca de 12,33 metros. Os rios Solimões e Madeiros também estão em perigo de seca.
O fenômeno também já é notado no rio Acre, que diminuiu 61 centímetros em duas semanas.
O presidente da Eletros, Jorge Nascimento Júnior, destacou a urgência de medidas governamentais efetivas e alertou para os riscos, como aumento do desemprego e isolamento das comunidades, caso a situação não seja resolvida.
O SOS ocorreu em menos de 24 horas após o rio Amazonas registrar um nível abaixo no porto de Itacoatiara.
Veja a nota na íntegra:
ATENÇÃO! A seca dos rios da Amazônia deste ano promete ser a mais severa da história, superando a estiagem do ano passado
O vídeo abaixo, amplamente disseminado nas redes sociais, documenta a diminuição do nível do rio Amazonas, no município de Tabatinga/AM. Todo esse trecho de terra exposto deveria estar submerso com um nível de água bem elevado.
A estiagem começou com uma antecipação de pelo menos dois meses em relação ao período usual, indicando fortemente que o segundo semestre será marcado por impactos negativos significativos na economia, no meio ambiente e na população, com o risco de isolamento de várias cidades.
A licitação para o serviço de dragagem nos trechos dos rios Amazonas, Solimões e Madeira foi novamente adiada, estando agora prevista para esta semana.
Caso a dragagem não seja realizada de forma oportuna, a principal estratégia para mitigar os efeitos desta severa estiagem poderá não se concretizar, resultando em prejuízos adicionais.
É imperativo que o poder público tome medidas imediatas.
A paralisação das indústrias do Polo Industrial de Manaus, com o risco de desemprego; o desabastecimento do comércio da região; a mortandade da fauna aquática; e o isolamento de cidades, com danos incalculáveis à qualidade de vida, são alguns dos graves problemas que enfrentaremos.
Reiteramos os alertas e pedidos feitos desde o início de 2024: é importante que o poder público tome medidas urgentes e imediatas para mitigar os impactos adversos da iminente estiagem, que se avizinha com grande rapidez e promete ser a mais severa da história. Há o risco real de uma crise econômica, ambiental e social de proporções inéditas, cujas consequências serão muito desoladoras.
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