Nesta quinta-feira (8), às 13h08 (horário de Brasília), terminou o conclave que elegeu o 267º líder da Igreja Católica, 17 dias após a morte do Papa Francisco. A decisão foi tomada após votações secretas, realizadas pelos cardeais reunidos na Capela Sistina, no Vaticano.
“Habemus Papam” – a revelação foi feita pelo cardeal francês Dominique Mamberti: o estadunidense Robert Francis Prevost é o novo papa. Logo após ser eleito, o novo pontífice foi questionado sobre qual nome gostaria de usar. Essa escolha tem um valor simbólico e costuma refletir a admiração por um papa anterior ou o desejo de mudança. O nome escolhido por ele foi: Leão XIV.
Esse ritual é antigo e obrigatório desde o século VI. Ao ser eleito em 2013, o argentino Jorge Bergoglio escolheu um nome inédito: Francisco. Ele se inspirou em São Francisco de Assis, símbolo de humildade e defensor dos pobres.
De acordo com O Globo, a escolha foi influenciada por uma frase do cardeal brasileiro Cláudio Hummes, que lhe disse: “Não se esqueça dos pobres”. Francisco contou essa história poucos dias depois da eleição, durante um encontro com jornalistas.

O Papa poderia ter mantido o nome de batismo?
Historicamente, papas podem manter seus nomes de batismo, mas isso raramente acontece. O último a fazer isso foi Adriano VI, no século XVI. Antes disso, João II trocou o nome pagão “Mercúrio” por um cristão, em 533.
Nos tempos modernos, a maioria dos papas escolhe nomes ligados a figuras que marcaram positivamente a Igreja. Em 2005, por exemplo, o alemão Joseph Ratzinger virou Bento XVI, em homenagem a Bento XV, o “Papa da Paz”.

Antes dele, o polonês Karol Wojtyła, eleito em 1978, escolheu o nome João Paulo II para homenagear João Paulo I, que morreu apenas 33 dias após assumir. Esse, por sua vez, criou o primeiro nome duplo, lembrando João XXIII e Paulo VI.
Alguns nomes foram evitados ao longo do tempo por associações negativas. O nome Pio, por exemplo, caiu em desuso por causa da polêmica em torno de Pio XII, acusado de silêncio durante o Holocausto. Ainda assim, este ainda é um dos nomes mais usados por papas, depois de João, Gregório, Bento, Clemente, Leão e Inocêncio. Outros nomes curiosos da história incluem Simplício, Zacarias e Teodorico.
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