O PT continua sendo o porta-voz do atraso econômico
Quando se discute opiniões civilizadamente os fatos se impõe, e os antagonismos de um assunto são sustentados por argumentos, mas não existe verdade absoluta. Nada é definitivo, embora viradas aconteçam. É o caso do Partido dos Trabalhadores, cujos dirigentes não pronunciam a palavra corrupção, se recusam assumir que vivem no século 19, e não entendem as mudanças de um mundo hiperconectado, que despreza a perda de tempo e demora para soluções urgentes, por falta de atualização imposta pelas amarras de uma ideologia estreita, vaga e que não explica, afinal, em que o PT se transformou.
O caso da roubalheira no INSS
Um partido que diz defender o trabalhador e faz vista grossa para o assalto aos aposentados, as vésperas de se completar um mês da deflagração pela Polícia Federal, com autorização judicial, da Operação “Sem Desconto”, não sabe como fará a restituição dos lesados, não sabe como e com qual recurso isso será feito, e ainda tem a cara de pau de dizer que a coisa começou no governo passado, omitindo o fato de a roubalheira ter aumentado em progressão geométrica a partir de seu governo, com sindicatos e organizações sociais de fachada, tudo para auferir maiores lucros aos envolvidos na patifaria cruel, sórdida, imperdoável, contra os velhinhos aposentados.
Promessas
O novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, determinou o bloqueio de novos descontos de empréstimo consignado para aposentados e pensionistas. Os acordos que já foram firmados e estão em andamento não serão afetados.
Em coletiva de imprensa, o presidente do INSS explicou que, a partir do ato publicado na quinta-feira (8), todo novo empréstimo consignado de pensionistas e aposentados exigirá reconhecimento facial para validar a operação.
Walter Júnior prometeu que entre 26 de maio e 6 de junho, os velhinos lesados receberão os valores descontados de forma fraudulenta em folha no mês de abril. O valor total será de R$ 292 milhões.
É o resto? O governo não sabe.
PT detona PT
O bate cabeça atinge níveis de ficção científica quando se trata do PT. Entretanto, a realidade consegue mesmo é deixar a todos escandalizados, inclusive, alguns cardeiais da legenda.
Veja o caso das declarações na quinta-feira (8), do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o gerente-geral do governo de Lula 3.0. Costa, detonou o colega, minsitro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, 46 anos, doutor em Direito Comercial pela USP e em Direito Comparado pela Université de Paris 1 Pantheon-Sorbonne, onde foi professor-visitante. Desde 2014, é professor da USP.
Como foi?
Em entrevista ao jornal impresso Globo, Rui Costa reclamou que a cúpula do governo não foi alertada pela CGU sobre a dimensão das fraudes no INSS. A declaração desagradou tanto ao ministro Vinícius Carvalho, chefe do órgão que fez auditoria nos descontos indevidos dos aposentados, como ao ministro Sidônio Palmeira, responsável pela Comunicação do governo. O marqueteiro que trabalhou na eleição de Lula em 2022 foi a campo tentar alinhar o discurso entre os ministros.
Solidariedade
Imediatamente, pessoas do alto escalão do governo, enviaram mensagens de solidariedade ao Dr. Vinícius Carvalho.
A atitude de Rui Costa é munição pesada para a oposição, que se emprenha na instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CMPI), que certamente deixará o governo em maus lençóis, caso saia do papel.
O gerentão conseguiu, com sua atabalhoada declaração, abrir uma crise, dentro da crise do INSS. Um gênio.
Privatização foi a solução para um país falido
Mas, voltemos ao tema inicial proposto. Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo (aqui, para assinantes https://www.estadao.com.br/economia/elena-landau/solucao-estatais-privatizar-tudo/) nesta sexta-feira (9), “Só há uma solução para o rombo e as indicações políticas nas estatais: privatizar tudo”, a economista, advogada, professora, e uma das integrantes da equipe que formulou o Plano Rral, Elena Landau, é clara como as águas dos igarapés do Pará. Ela explica as vantagens da privatização, e como foi possível universalizar o acesso à energia e telecomunicações no país, que estava falido após décadas de inflação recorde.
Coragem para falar a verdade
Elena Landau escreveu: “Pelos motivos errados, a Lava Jato ampliou o apoio da sociedade à venda de estatais. O repúdio à corrupção falou mais alto que os benefícios trazidos pela desestatização, como a universalização da energia e telecomunicação e uma alocação mais eficiente dos recursos públicos. A falta de comunicação sobre as vantagens da redução do Estado é responsável por isso; poucos vinculam o sucesso da Embraer a uma bem-sucedida privatização.
Vendo os últimos resultados do conjunto de estatais federais, só lamento não ter feito mais (*). Muitas empresas ainda permanecem nas mãos do Estado. Coincidência ou não, cada vez que o PT assume o governo, o resultado delas, assim como de seus fundos de pensão, é sofrível, quando não é desastroso.
No ano passado, registraram rombo bilionário, resultado que se manteve no primeiro trimestre.”
Sem celular e no escuro
Se o povo brasileiro desse atenção ao PT na época das primeiras privatizações realizadas pelo governo do ex-presidente Fenanado HEnrique Cardozo (PSDB), que ninguém se engane, o atraso estrutural, esconômico e principalmente social do Brasil seria uma calamidade bíblica.
Se temos aparelhos celulares de última geração e também opções de modelos baratos e populares foi graças a privatização. Viveríamos num Brasil sob o fantasma materializado do apagão energético, isso não ocorreu graças ao entendimento da população. Aliás, FHC, derrotou Lula duas vezes, a segunda, no 1º turno. Nunca de deve esquecer que o PT foi o único partido no Congresso NAcional que não assinou a promulgação da Constituição de 1988.
(*) Nota do Colunista: Elena Landau foi Diretoria de Desestatização do BNDES.
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