
O Colégio dos Cardeais surpreendeu o mundo católico ao eleger, na quinta-feira (8), o estadunidense Robert Francis Prevost como o novo papa. Aos 69 anos, ele adotou o nome de Leão XIV após três votações durante o conclave realizado no Vaticano.
A escolha foi celebrada por fiéis ao redor do mundo, especialmente na América Latina, onde o religioso tem parte significativa de sua trajetória.
Dom Joaquín Pertiñez, bispo da Diocese de Rio Branco, afirmou, em entrevista à rádio CBN Amazônia Rio Branco, nesta sexta-feira (9), que o perfil do novo pontífice demonstra forte identificação com os povos indígenas. Segundo ele, a experiência missionária de Leão XIV no Peru reforça essa ligação.
O bispo destacou ainda que, em seu primeiro pronunciamento, o novo papa mencionou diversas vezes a necessidade de promover a paz e o diálogo, além de ter feito referências claras ao legado do papa Francisco.

Prevost também integrava o Dicastério para os Bispos — órgão do Vaticano responsável pela nomeação e formação episcopal em todo o mundo —, o que, para Dom Joaquín, reforça a importância de sua escolha para o futuro da Igreja.
Ele enfatizou que essa experiência contribui para uma visão ampla e estratégica sobre os desafios atuais enfrentados pela instituição.
Outro ponto de conexão entre os dois líderes religiosos é que ambos pertencem à ordem de Santo Agostinho, ainda que a formação tenha ocorrido em âmbitos distintos da congregação.
“Esperamos que ele seja construtor de pontes. Isso significa ‘pontífice’, o papa que é chamado a criar pontes de união, chamado para unir, não para separar. Espiritualmente, a ponte entre Deus e a humanidade, uma ponte de modo duplo, todas as graças vem do alto. Então esperamos que, também como o papa Francisco, devemos construir pontes e não muros”, comentou o bispo.
Dom Joaquín relatou que Leão XIV foi formado por um ramo diferente da mesma família agostiniana e atuou em regiões próximas àquelas onde ele próprio exerceu sua missão.
O bispo acreano acredita que a eleição de Leão XIV pode fortalecer a presença da Igreja Católica na América Latina e, especialmente, na Amazônia, região marcada por desafios ambientais e sociais.
Ele considera que o novo pontificado representa uma esperança para comunidades que há décadas esperam por maior representatividade e atenção às suas realidades.
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