Com essa inovação, talvez você nunca mais fique gripado

Um novo anticorpo monoclonal desenvolvido por pesquisadores pode proteger camundongos de uma dose letal de influenza A. A novidade pode representar uma verdadeira revolução no combate aos efeitos da gripe.

O efeito protetor é reforçado pela ação de um spray nasal que dispersa essas moléculas por todo o trato respiratório. Lá, elas aderem ao revestimento mucoso e atuam contra partículas virais assim que elas invadem o organismo.

Nova opção para combater a gripe

  • A molécula é baseada na versão IgM de um anticorpo de imunoglobulina, a primeira linha genérica de defesa de anticorpos contra infecção.
  • No entanto, apresenta uma característica estrutural adicional que se liga a um local específico para neutralizar o vírus.
  • A ideia dos pesquisadores é que isso pode ajudar a combater a gripe ainda no estágio inicial, evitando a piora dos sintomas.
  • A terapia pode, inclusive, ser usada para prevenção de outros tipos de vírus mais poderosos e com potencial pandêmico, por exemplo.
  • As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Nature Communications.
Anticorpo atua para combater a gripe ainda no estágio inicial, evitando a piora dos sintomas (Imagem: New Africa/Shutterstock)

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Método é mais eficaz contra o vírus

Trabalhos anteriores mostraram que os anticorpos IgG monoclonais projetados para atingir a proteína influenza A perdem eficácia à medida que o vírus sofre mutação. Mas o mesmo não acontece com o novo anticorpo.

Em experimentos com camundongos, os pesquisadores administraram uma única dose do composto a partir de um spray nasal. O objetivo era colocar uma camada do anticorpo modificado nas superfícies mucosas das cavidades nasais e pulmões dos animais.

Pessoas utilizando máscaras para evitar a propagação de doenças respiratórias
Invenção pode ajudar a evitar novas pandemias (Imagem: william87/iStock)

O resultado foi que nenhum camundongo adoeceu e a maioria sobreviveu à infecção por H1N1, se recuperando totalmente dos sintomas. Além disso, foi verificado que as moléculas permaneceram na superfície da mucosa dos animais por sete dias. Estes resultados sugerem que a proteção também pode ocorrer em seres humanos, apesar de ainda serem necessários mais testes para comprovar a eficácia do composto.

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