A gafe de Márcio Pochmann, presidente do IBGE, que reflete o Brasil de Lula
Em uma tentativa de destacar a “liderança” do Brasil no cenário internacional, o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann, protagonizou uma gafe que viralizou nas redes sociais. Na noite de quarta-feira, 7 de maio de 2025, Pochmann publicou em seu perfil no X um mapa-múndi invertido, com o Brasil no centro e o Sul no topo, descrevendo-o como uma “novidade” do IBGE para ressaltar a posição do país em fóruns como BRICS, Mercosul e a COP 30, que será realizada em 2025.
A informação foi revelada pelo portal O Antagonista, que destacou o episódio como mais um capítulo controverso da gestão de Pochmann à frente do órgão.
Segundo O Antagonista, o mapa invertido não é exatamente uma inovação, já que o IBGE já havia centralizado o Brasil em representações anteriores. No entanto, a inversão do Sul e do Norte, acompanhada do discurso triunfalista de Pochmann, gerou críticas e memes nas redes. A iniciativa parece refletir a postura do presidente do IBGE, conhecido por inflar dados em favor do governo Lula, o que tem causado desconforto até mesmo entre funcionários do próprio instituto.
“Do jeito que o país anda, até que faz sentido”, ironiza o portal, apontando a desconexão entre a propaganda oficial e a realidade brasileira.
Enquanto Pochmann tenta reposicionar o Brasil no mapa-múndi, a economia nacional enfrenta desafios bem mais concretos. Na mesma quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic em meio ponto percentual, fixando-a em 14,75% ao ano.
Em comunicado, o BC alertou para “expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas” e a necessidade de uma política monetária “significativamente contracionista” por um período prolongado, citando pressões no mercado de trabalho e resiliência na atividade econômica. A política fiscal, cada vez mais frouxa, também está no radar do Copom, que monitora seus impactos nos ativos financeiros.
A situação fiscal, aliás, parece longe de uma solução. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, admitiu que as grandes reformas estruturais necessárias para o ajuste das contas públicas serão adiadas para após as eleições de 2026, empurrando a responsabilidade para o próximo governo. “A janela para as grandes mudanças estruturais no ajuste, elas acabarão ficando para pós-eleição de 26”, declarou Tebet, em uma confissão que reforça a falta de compromisso do governo Lula com o “dever de casa” fiscal.
Convescote com ditadores na Rússia
Enquanto isso, o presidente Lula está na Rússia, onde participa de eventos que, nas palavras de O Antagonista, servem para “referendar a ditadura de Vladimir Putin” em meio à invasão da Ucrânia. A primeira-dama, Janja, também marcou presença no país dias antes, encontrando-se com figuras próximas ao regime russo. A ironia não passou despercebida: “Quem dera fosse possível mudar tudo isso apenas virando o mapa de cabeça para baixo”, sentencia o portal.
A gafe do mapa invertido de Pochmann, mais do que um deslize cartográfico, escancara a tentativa de criar uma narrativa de sucesso em um Brasil que enfrenta inflação persistente, juros altos e adiamento de reformas. Como bem resumiu O Antagonista, o mapa de Pochmann pode até colocar o Sul no topo, mas a realidade do país segue de cabeça para baixo.
The post VÍDEO – O Brasil de cabeça para baixo no mapa do mundo: faz sentido appeared first on Ver-o-Fato.