Em agenda internacional, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve na Rússia, na última sexta-feira (9). Na ocasião, ele se reuniu com Vladimir Putin, presidente da Rússia. Assim, durante o encontro, Lula levou ao líder russo um apelo por um cessar-fogo de 30 dias na guerra da Ucrânia.
O pedido foi feito pelo governo ucraniano à embaixada do Brasil em Kiev, e o presidente brasileiro decidiu levá-lo adiante.
Além disso, diplomatas e fontes do Palácio do Planalto afirmam que os ucranianos também recorreram ao presidente chinês, Xi Jinping. Putin se reuniu primeiro com Xi, e agora Lula pretende discutir o tema diretamente com o líder chinês, em visita programada a Pequim.
Houve apelo chinês por cessar-fogo?
De acordo com embaixadores brasileiros, Xi também pode ter mencionado o pedido ucraniano a Putin. A intenção é coordenar esforços para buscar uma solução negociada e temporária no conflito.
Putin convidou ambos os presidentes para as comemorações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Lula e Xi foram os líderes internacionais de maior destaque a comparecer ao evento em Moscou, que teve forte uso político.
Durante a celebração, Putin aproveitou para reforçar sua versão sobre o conflito atual. Ele também exibiu armamentos e tropas que participam da guerra com a Ucrânia, o que deu tom militar à solenidade.
‘Amigos da Paz’
Brasil e China lideram uma coalizão informal chamada de “amigos da paz”. No ano passado, esse grupo apresentou uma proposta com princípios para viabilizar um cessar-fogo mais duradouro e, depois, uma conferência internacional entre Rússia e Ucrânia.
A Rússia recebeu bem o plano, mas a Ucrânia fez críticas. Para o governo de Volodmir Zelenski, o texto falha ao não exigir que Moscou retire suas forças das áreas ocupadas.
Atendendo ao apelo de Zelenski, Lula sugeriu a Putin que prolongasse o cessar-fogo de três dias, decretado pelo Kremlin para marcar o Dia da Vitória, comemorado em Moscou.
Apesar disso, a trégua não se sustentou. A Ucrânia considerou a medida uma encenação e seguiu com ataques de drones contra Moscou. Esses ataques causaram transtornos a voos e à chegada de delegações.
Em resposta, a Rússia voltou a bombardear posições ucranianas. Lula também demonstrou preocupação com ações militares durante a homenagem ao fim do nazismo. Em conversas reservadas, ele criticou o uso de drones em plena celebração.
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