O novo governo da Alemanha

Friedrich Merz é o novo chancelerReprodução/Youtube

O novo governo da Alemanha toma posse esta semana com a aliança da União CDU e CSU, partidos da democracia cristã, e do SPD o partido social democrático alemão. Os desafios são enormes com a recessão econômica, o problema da imigração, a guerra na Ucrânia e o com o governo Trump que hostiliza a Europa e Berlim em particular.

O novo chanceler Frederico Merz já anunciou o seu gabinete com novos nomes de jovens políticos e de empresários não políticos mas com experiência na iniciativa privada. A reestruturação industrial e digital será uma das prioridades para recuperar a competitividade perdida pela Alemanha em razão da crise energética. O cuidado com o meio ambiente terá menor importância neste governo visto que os verdes estarão agora na oposição.

Os partidos AFD Alternativa para a Alemanha de extrema direita e Link de extrema esquerda ficarão também na oposição. AFD se tornou a segunda força política do país nas últimas eleições em particular na Alemanha Oriental.

A Alemanha terá de buscar o reforço da União Europeia diante das ameaças de Washington assim como novos mercados para compensar as dificuldades comerciais impostas pelas tarifas aduaneiras de Trump.

Nesse contexto o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia pode adquirir um novo impulso se Merz vencer as dificuldades criadas pela França para a assinatura do acordo que é de grande interesse para o Brasil.

A mudança do chefe da missão brasileira em Berlim com a indicação do embaixador Rodrigo Baena Soares ocorre com um timing político perfeito coincidindo com a assunção do novo governo alemão.

Na área externa será interessante observar qual será a postura do governo Merz com relação à Ucrânia e a eventual entrega dos mísseis Taurus que pode provocar um enfrentamento entre Moscou e Berlim. Na área interna quais serão as novas regras para coibir a imigração.

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