Jogo contra América (MG) na casa do adversário mostrou porque a torcida não consegue confiar no time
O Paysandu protagonizou nesta quarta-feira,14, à noite, mais um capítulo de sua saga de decepções na Série B do Campeonato Brasileiro. Diante do América-MG, no estádio Independência, o Papão construiu uma vantagem de 2 a 0 no segundo tempo, mas, em uma demonstração de covardia tática e fragilidade coletiva, recuou de forma inexplicável e cedeu o empate em apenas três minutos.
O resultado, que poderia ter sido a primeira vitória do time na competição, escancarou os mesmos velhos problemas: erros na saída de bola, falta de confiança e uma postura retranqueira que beira o amadorismo. Para a apaixonada torcida bicolor, o temor de um rebaixamento à Série C em 2026 só aumenta.
O jogo começou com o América-MG dominando a posse e pressionando, mas sem criar chances claras contra o goleiro Matheus Nogueira. O Paysandu, por sua vez, mostrava dificuldade em articular jogadas ofensivas, com uma saída de bola previsível e erros constantes que entregavam a bola ao adversário.
Apesar disso, o time paraense conseguiu levar perigo com Nicolas, que aos 23 minutos cabeceou para defesa de Mendes, e Borges, que tentou surpreender o goleiro americano aos 32. O primeiro tempo, tecnicamente pobre, terminou em 0 a 0, com o Papão mais preocupado em se defender do que em propor jogo.
No segundo tempo, o cenário mudou momentaneamente. Aos 13 minutos, Rossi abriu o placar com um chute que desviou no lateral Marlon, enganando o goleiro. O gol parecia dar confiança ao Paysandu, que ampliou aos 24 com Benitez, após uma segunda tentativa. Com 2 a 0 no placar, a vitória parecia encaminhada.
Luizinho acovardou o time
Mas foi aí que o técnico Luizinho Lopes revelou sua visão limitada e acovardada. Em uma decisão que revoltou até os torcedores mais pacientes, o treinador sacou dois atacantes, Nicolas e Benitez, enchendo o time de defensores. A mensagem era clara: o Paysandu iria se trancar na defesa e chamar o América para o seu campo.
O resultado? Um desastre previsível. Aos 40 minutos, Willian Bigode cobrou uma falta com precisão, diminuindo o placar. Três minutos depois, Júlio César, de cabeça, completou a virada no placar para o América, que aproveitou a passividade bicolor. O Paysandu, que tinha o jogo nas mãos, escapou por pouco de uma derrota que seria ainda mais humilhante.
O empate por 2 a 2 deixou o time na constrangedora 19ª posição da Série B, com apenas três pontos em sete jogos, sem uma única vitória.
Um time sem confiança e um técnico sem coragem
A torcida do Paysandu, conhecida por sua paixão inabalável, tem motivos de sobra para desconfiar deste time. Os erros na saída de bola, que se repetem jogo após jogo, transformam cada posse em uma aventura perigosa. A falta de criatividade no meio-campo e a dependência de jogadas isoladas, como as de Nicolas e Rossi, evidenciam um elenco mal preparado para a competição.
Pior ainda é a mentalidade defensiva de Luizinho Lopes, que, ao recuar o time com uma vantagem confortável, demonstrou não confiar na própria equipe. Como um técnico pode esperar que os jogadores tenham cabeça fria se ele próprio entra em pânico e abandona qualquer ambição ofensiva?
O próximo desafio do Papão é contra o líder Goiás, no Mangueirão, no domingo. Sem mudanças drásticas na postura e na estratégia, a torcida bicolor pode se preparar para mais uma noite de frustração. O Paysandu de 2025 é um time que não inspira confiança, que joga com medo e que parece flertar perigosamente com a Série C.
Cabe a Luizinho Lopes e seus jogadores provarem que ainda há esperança — mas, pelo que foi visto em Belo Horizonte, essa tarefa parece cada vez mais distante.
O que justifica a postura covarde de Luizinho Lopes ao recuar o time com 2 a 0 no placar? Por que o Paysandu insiste em uma saída de bola que só gera erros e sustos? E, acima de tudo, até quando a torcida terá que aguentar um time que não honra sua história? A bola está com o treinador e os jogadores, mas o tempo para reverter esse cenário está acabando.
RAIO X DA PARTIDA
Local: estádio Independência, Belo Horizonte
América: Matheus Mendes; Mariano, Júlio, Lucão e Marlon; Miquéias (Kauan Cristtyan), Felipe Amaral (Jhosefer) e Elizari (Yago Souza); Figueiredo (Gustavinho), Stênio (Renato Marques) e Willian Bigode. Técnico: William Batista
Paysandu: Matheus Nogueira; Edilson, Luan Freitas, Quintana (Maurício Antônio), PK; Leandro Vilela (Reverson), André Lima, Rossi (Giovanni); Benítez (Espinoza), Nicolas (Eliel), Bryan . Técnico: Luizinho Lopes
Arbitragem: Paulo Belence Alves dos Prazeres Filho (PE)
Auxiliares: Francisco Chaves Bezerra Junior (PE) e Bruno Cesar Chaves Vieira (PE)
VAR: Rodrigo Nunes de Sa (RJ)
Gols: William Bigode, Júlio César (América); Rossi Benítez (Paysandu)
Cartões amarelos: Miquéias (América); Bryan, Rossi, André Lima (Paysandu)
MELHORES MOMENTOS E GOLS:
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