Cientistas afirmam ter encontrado a localização exata da Arca de Noé, com novos exames revelando detalhes ‘inesperados’

Cientistas afirmam ter encontrado a localização exata da Arca de Noé, com novos exames revelando detalhes 'inesperados'

Há séculos, a história da Arca de Noé fascina estudiosos, religiosos e entusiastas de mistérios antigos. Recentemente, um grupo de pesquisadores anunciou uma descoberta que promete reacender o debate sobre uma das narrativas mais emblemáticas da Bíblia. Utilizando tecnologia de ponta, cientistas afirmam ter identificado, na Turquia, estruturas subterrâneas que coincidem com as descrições bíblicas da embarcação construída por Noé para salvar a vida na Terra de um dilúvio catastrófico.

Localizado a cerca de 29 quilômetros ao sul do Monte Ararat — região tradicionalmente associada ao local de repouso final da Arca —, o sítio de Durupinar chama atenção há décadas por sua formação geológica em formato de barco. Com aproximadamente 164 metros de comprimento, a estrutura se alinha às medidas descritas no Livro do Gênesis, que menciona uma embarcação de 300 côvados (unidade de medida antiga), equivalente a cerca de 150 metros. A pequena divergência nas medidas pode ser explicada por variações históricas na interpretação do côvado.

Parece mesmo um barco (NoahsArkScans.com)
Parece mesmo um barco (NoahsArkScans.com)

A novidade, porém, está nos detalhes revelados por varreduras de radar de penetração no solo, tecnologia capaz de mapear camadas subterrâneas sem necessidade de escavações. Segundo a equipe do projeto Noah’s Ark Scans, liderada pelo pesquisador independente Andrew Jones, as imagens mostram evidências de compartimentos internos, possíveis corredores e até mesmo uma estrutura alongada de 4 metros de altura no centro da formação, interpretada como um túnel. Para Jones, essas características são compatíveis com a descrição bíblica de uma embarcação com três andares, divisões internas e espaços específicos para abrigar animais e suprimentos.

Além das anomalias estruturais, análises do solo trouxeram dados intrigantes. Amostras coletadas no local apresentaram níveis elevados de potássio e alterações no pH do terreno, diferenças notáveis em comparação com áreas adjacentes. William Crabtree, cientista de solos envolvido no projeto, explica que essas variações são consistentes com a decomposição de materiais orgânicos, como madeira, ao longo de milênios. “A matéria orgânica em decomposição libera substâncias que alteram a química do solo. É exatamente o que detectamos aqui”, afirmou Crabtree.

Andrew Jones está convencido de que as varreduras provam que é a arca (CBN News/YouTube)
Andrew Jones está convencido de que as varreduras provam que é a arca (CBN News/YouTube)

Outro indício curioso é a coloração diferenciada da vegetação que cresce sobre a suposta estrutura. Enquanto a região ao redor exibe um tom esverdeado comum, a área do “barco” possui gramíneas mais amareladas, possivelmente influenciadas pela composição do solo alterada pela presença de materiais antigos sob a superfície.

Apesar do entusiasmo, os pesquisadores são cautelosos. Eles ressaltam que não há provas definitivas de que se trate da Arca descrita na Bíblia. O próximo passo será realizar uma sondagem por meio de perfurações para coletar amostras profundas e analisar fragmentos que possam confirmar a presença de madeira trabalhada ou artefatos humanos. “Queremos entender se essa é uma formação natural ou algo construído por mãos humanas”, destacou Jones.

O interesse pelo sítio de Durupinar não é recente. Desde a década de 1950, expedições exploram a região, impulsionadas por relatos de pastores locais que mencionavam uma “grande estrutura em forma de navio”. Em 1960, o capitão do exército turco Ilhan Durupinar documentou o local, batizando-o com seu nome. Porém, até hoje, nenhuma evidência conclusiva havia surgido.

As varreduras do local (NoahsArkScans.com)
As varreduras do local (NoahsArkScans.com)

A tecnologia moderna, porém, abriu novas possibilidades. O radar utilizado pela equipe emite ondas eletromagnéticas que penetram no solo e retornam com informações sobre a densidade e a composição das camadas subterrâneas. Esses sinais são convertidos em imagens detalhadas, revelando padrões que sugerem a presença de estruturas organizadas, diferentes de formações geológicas aleatórias.

Para estudiosos da Bíblia, a possível descoberta reforça a historicidade de narrativas antigas, ainda que a comunidade científica mais cética exija análises mais robustas. Arqueólogos independentes destacam que a região da Anatólia, onde fica o sítio, é rica em vestígios de civilizações antigas, incluindo assentamentos datados de mais de 5 mil anos — período próximo ao do suposto dilúvio.

Enquanto aguardam autorização para prosseguir com as perfurações, os pesquisadores continuam mapeando a área. Se confirmada, a descoberta não apenas reescreveria capítulos da arqueologia, mas também alimentaria debates sobre a interseção entre mito, religião e ciência. Por enquanto, o sítio de Durupinar permanece um enigma — um convite à curiosidade e à busca por respostas que, tal como a própria Arca, navegam entre o lendário e o tangível.

Esse Cientistas afirmam ter encontrado a localização exata da Arca de Noé, com novos exames revelando detalhes ‘inesperados’ foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.