Próximo presidente da Federação Roraimense de Futebol, Samir Xaud é apontado como favorito para assumir CBF, diz jornal

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O nome de Samir Xaud, atual presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol (FRF), tem ganhado destaque como possível sucessor de Ednaldo Rodrigues na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Ednaldo foi afastado do cargo por decisão judicial, e Xaud conta com o apoio de pelo menos 19 federações estaduais que divulgaram um manifesto em defesa da estabilidade institucional da entidade.

Quem é Samir Xaud?

Médico com especialização em infectologia e medicina do esporte, Samir Xaud também atua como empresário na área de treinamento esportivo.

Samir Xaud é o mais cotado para assumir a CBF – Foto: Divulgação/FRF.

Foi eleito em janeiro de 2025 para assumir o comando da FRF entre 2027 e 2030, em substituição ao pai, Zeca Xaud, que está há quase quatro décadas à frente da federação.

No entanto, caso assuma a presidência da CBF, Samir não tomaria posse na FRF.

Propostas de mudança

De acordo com o jornal Estado de S.Paulo, entre as federações que apoiam Xaud, destaca-se o desejo de renovação e profissionalização na gestão da CBF.

No manifesto, as entidades defendem mudanças estruturais, como melhorias no calendário esportivo, arbitragem e infraestrutura dos estádios, além de maior transparência na governança da instituição.

Contudo, o nome de Samir também enfrenta resistência. Alguns clubes demonstraram preocupação com sua candidatura, especialmente pelo tamanho da federação que representa — a FRF possui apenas 10 clubes filiados.

Roraima, historicamente, tem pouca expressão no cenário nacional. Atualmente, apenas o GAS disputa competições nacionais, na Série D do Campeonato Brasileiro.

Quem são os outros candidatos à presidência da CBF?

Além disso, outros nomes também foram cogitados para a disputa. Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, é um dos cotados e tem apoio de clubes ligados à Liga Forte União (LFU).

Flávio Zveiter, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), chegou a se apresentar como pré-candidato em 2023, mas afirmou que não participará desta eleição.

Reinaldo Carneiro Bastos – Foto: Reprodução/Redes sociais.

A data da nova eleição ainda não foi definida. O processo está sob responsabilidade do vice-presidente Fernando Sarney, nomeado interventor pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

Ele tem um prazo de 30 dias para convocar o pleito e declarou que deseja realizar a eleição o quanto antes.

Crise na CBF e suspeitas de fraude

A crise na CBF se intensificou após suspeitas de fraude na assinatura do coronel Nunes, dirigente que endossou o acordo que manteve Ednaldo Rodrigues no cargo em 2023.

A autenticidade do documento foi questionada por uma perícia que apontou possível falsificação. O caso, atualmente em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é conduzido pelo ministro Gilmar Mendes.

A relação entre o magistrado e a CBF também tem sido alvo de questionamentos por parte de parlamentares e da imprensa, especialmente após revelações sobre contratos milionários entre a entidade e o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), fundado por Mendes.

Ednaldo foi afastado da CBF após decisão judicial – Foto: Reprodução/Rafael Ribeiro/CBF.

Reportagens recentes também trouxeram à tona denúncias envolvendo a gestão de Ednaldo Rodrigues, incluindo suspeitas de assédio, má gestão e irregularidades financeiras. Ademais, três denúncias foram encaminhadas à Comissão de Ética da CBF.

Enquanto isso, o grupo de 19 federações segue articulando uma candidatura que represente um novo ciclo para o futebol brasileiro, com foco em governança, descentralização e participação mais ampla dos atores do esporte.

Posicionamento da CBF

Por fim, em resposta às acusações, a CBF divulgou nota oficial em maio reafirmando a legalidade do processo que manteve Ednaldo na presidência. Confira:

“O futebol brasileiro vive um momento decisivo. É urgente enfrentar desafios estruturais que há anos limitam o potencial do nosso futebol. Precisamos de um calendário equilibrado, arbitragem profissionalizada, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições fortalecidas.

Para que isso aconteça, é fundamental garantir estabilidade institucional à CBF. Precisamos virar a atual página de judicialização e instabilidade que há mais de uma década compromete o bom funcionamento da entidade e o avanço do futebol brasileiro. É também momento de resgatar a autonomia interna da CBF, hoje sufocada por uma estrutura excessivamente centralizada e desconectada das instâncias que compõem o ecossistema do futebol nacional.

Além da estabilidade, o cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência — e também precisa voltar a ser a casa de todos que constroem o futebol brasileiro, com um ambiente saudável, inspirador e descentralizado, em que cada um possa contribuir ativamente para a melhoria do esporte que constitui verdadeiro patrimônio nacional.

Unidos com esse propósito, assumimos o compromisso de construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos. Queremos uma CBF forte, querida por dentro, admirada por fora — e novamente amada por todos que fazem do futebol a alma do nosso país.

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