O Patria Investimentos lançou hoje, 16 de maio, a Omnia, empresa de data centers hiperescaláveis focada em cargas de trabalho de Inteligência Artificial (IA), computação em nuvem e aplicações de alta performance (HPC). A estrutura será abastecida exclusivamente por energia renovável e terá operação inicial no Brasil, Chile e México, com previsão de construção do primeiro campus no Brasil ainda no segundo semestre deste ano.
Com foco em projetos de data centers de mais de 100 megawatts (MW), a iniciativa prevê investimentos iniciais acima de US$ 1 bilhão e está alinhada às exigências de sustentabilidade dos principais clientes globais. A Omnia nasce com uma equipe de gestão própria, terrenos já mapeados e parcerias estratégicas para fornecimento de energia limpa. A plataforma oferecerá soluções com resfriamento líquido, alta densidade energética, segurança física reforçada e possibilidade de personalização de ambientes conforme a demanda.
Rodrigo Abreu, ex-Oi, TIM e Cisco, foi escolhido como CEO da Omnia e como Operating Partner de Infraestrutura Digital do Patria. Para ele, a América Latina tende a ser tornar um destino estratégico para as cargas de trabalho em IA. “A região conta com vasta disponibilidade de energia renovável a custos competitivos, conectividade de fibra desenvolvida e ambiente regulatório favorável, o que permite a expansão de ofertas digitais alinhadas a metas ambientais globais”, afirma.
A Omnia é resultado de mais de um ano de desenvolvimento da nova tese de infraestrutura digital do Patria, que já tem histórico no setor. Em 2015, a gestora estruturou a Odata, plataforma de data centers vendida em 2023 após se consolidar como um dos principais operadores da região.
A América Latina é hoje apontada como uma das regiões com maior potencial para expansão da infraestrutura de dados com uso sustentável de energia. Segundo estimativas da própria gestora, a capacidade de data centers no continente pode mais que triplicar até 2030, exigindo até US$ 50 bilhões em novos aportes.
O Brasil, com 67% de sua matriz composta por fontes renováveis e potencial superior a 100 GW, desponta como destino preferencial para projetos intensivos em energia.
Felipe Pinto, sócio responsável pelos investimentos de infraestrutura do Patria na região, afirmou que a expansão da demanda por IA e computação em nuvem justifica o lançamento da nova empresa. “A demanda global por data centers deve mais que dobrar até 2030. Acreditamos que a Omnia está bem posicionada para capturar essa oportunidade com a experiência que temos em energia, real estate e tecnologia”, observa.
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