FIEPA integra comitiva liderada pela CNI em agendas estratégicas em Washington, Nova York e Boston, com foco na COP30 e na transição para uma economia de baixo carbono
Entre os dias 8 e 16 de maio, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) conduziu uma missão empresarial aos Estados Unidos com o objetivo de reforçar o diálogo bilateral, discutir os rumos da economia de baixo carbono e posicionar o Brasil — em especial a indústria da Amazônia — como protagonista na nova configuração das cadeias produtivas globais. A programação passou por três polos estratégicos: Washington, Nova York e Boston.
A ação acontece em um momento de reformulação das práticas comerciais norte-americanas e de reorganização dos fluxos produtivos globais, e ganhou um tom ainda mais estratégico diante da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro, em Belém do Pará.
Representando a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), o presidente Alex Carvalho integrou a delegação formada por empresários, presidentes de federações industriais, representantes de associações e membros do governo brasileiro. Para ele, a missão é um passo importante para aproximar o Pará das soluções inovadoras que moldam a nova economia mundial.
“A participação da FIEPA nessa missão internacional teve um caráter estratégico, ao debater temas urgentes como a transição para uma economia de baixo carbono, especialmente na Amazônia, e ao aproximar o Pará — que vai sediar a COP30 — de soluções inovadoras para os desafios regionais”, afirmou Carvalho.
Segundo o dirigente, encontros em instituições como Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) fortaleceram conexões com centros de excelência em tecnologia e inovação. Ele destacou o papel do SENAI como elo para transformar essas conexões em conhecimento prático, aumentando a capacidade de entrega da indústria paraense e colocando a região como agente central de um novo modelo de desenvolvimento sustentável.
Nova York: seminários e articulação internacional
Na etapa em Nova York, a CNI promoveu, em parceria com o jornal Financial Times, o seminário Desbloqueando o Potencial Industrial Verde do Brasil: Aproveitando a inovação, políticas e capital para liderar a transição global. Alex Carvalho participou do evento e manteve reuniões com nomes estratégicos como Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Rodrigo Favetta, diretor do Pacto Global da ONU, e Ricardo Mussa, chair da Sustainable Business COP30.
Ainda na cidade, o presidente da FIEPA acompanhou a 4ª edição do Brazil Summit, que teve como destaque a palestra do presidente da CNI, Ricardo Alban, sobre os caminhos para que o Brasil avance de forma sólida na agenda da sustentabilidade.
Protagonismo verde
Durante toda a missão, Ricardo Alban destacou o papel do Brasil no novo ciclo da economia verde, ressaltando as vantagens competitivas do país em setores como energias renováveis, produção de commodities e biodiversidade. Para o presidente da CNI, o Brasil precisa assumir uma postura ativa na formulação de soluções sustentáveis para o desenvolvimento global.
“Temos vantagens competitivas claras, que vão desde as energias renováveis até a produção de commodities, passando por um bioma singular e uma indústria com enorme potencial de agregação de valor. E se temos condições tão favoráveis, não podemos desperdiçar a chance de nos posicionar como agregadores no conceito de sustentabilidade”, afirmou Alban.
Boston: inovação e tecnologia no foco
Na última etapa da missão, em Boston, a comitiva brasileira visitou o MIT, onde participou de debates sobre inteligência artificial, ecossistemas de inovação e transformação digital da indústria. A delegação também esteve no campus da Universidade de Harvard, onde conheceu iniciativas voltadas à inovação, sustentabilidade e desenvolvimento tecnológico.
A missão aos Estados Unidos se consolidou como uma importante etapa preparatória rumo à COP30, reforçando o compromisso da indústria brasileira — e da Amazônia em particular — com uma transição econômica justa, inovadora e alinhada aos objetivos globais de sustentabilidade.
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