O desemprego avançou em 12 das 27 unidades da federação no primeiro trimestre de 2025, com o Amazonas assumindo a segunda maior taxa do país, ficando atrás apenas de Pernambuco.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE.
Amazonas avança no desemprego
O Amazonas viu sua taxa de desemprego saltar de 8,3% no último trimestre de 2024 para 10,1% entre janeiro e março deste ano, ultrapassando estados como Pará (8,7%) e Ceará (8%).
O Piauí liderou o ranking de alta (de 7,5% para 10,2%), enquanto Pernambuco seguiu como o estado com maior desemprego (11,6%).
Cenário nacional
Apesar dos aumentos regionais, a taxa nacional ficou em 7% – a menor para o período desde 2012.
Entretanto, quinze estados mantiveram estabilidade, enquanto seis registraram queda na comparação anual: Bahia (-3,1 pp), Espírito Santo (-1,9 pp), São Paulo (-2,2 pp), Rio de Janeiro (-1 pp), Santa Catarina (-0,8 pp) e Paraná (-0,8 pp).
Desigualdades estruturais
Os dados confirmam padrões históricos:
- Jovens (14-17 anos) sofrem com taxa de 26,4%
- Mulheres (8,7%) estão mais desempregadas que homens (5,7%)
- Pretos (8,4%) e pardos (8%) têm índices superiores aos de brancos (5,6%)
- Quem tem ensino médio incompleto enfrenta a pior situação (11,4%)
Rendimento
Apenas três estados tiveram aumento salarial na comparação trimestral: Rio de Janeiro (+6,8%), Santa Catarina (+5,8%) e Pernambuco (+4,7%).
Na análise anual, Pernambuco também liderou (+23,4%), seguido por Alagoas (+13,4%) e Sergipe (+13,2%).
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