Com a totalidade dos votos contabilizados, a coligação Aliança Democrática (AD), liderada pelo atual primeiro-ministro Luís Montenegro, saiu vitoriosa nas eleições parlamentares realizadas neste domingo em Portugal.
A coalizão de centro-direita conquistou 32,72% dos votos, superando por uma margem apertada o Partido Socialista, que obteve 23,38%, e o Chega, de extrema-direita, que ficou com 22,56%. Como resultado, a AD garantiu 89 cadeiras no Parlamento, enquanto Socialistas e Chega empataram com 58 assentos cada.
A taxa de abstenção caiu em relação ao pleito anterior: 35,67% dos eleitores deixaram de votar, ante 40,16% no ano passado. Votos brancos somaram 1,44%, e os nulos, 0,99%.
Esta foi a terceira vez que os portugueses foram às urnas desde 2023. A convocação extraordinária ocorreu após o presidente Marcelo Rebelo de Sousa dissolver o Parlamento, alegando perda de confiança no então primeiro-ministro.
A crise que levou à renúncia de Montenegro em março teve origem em denúncias de possível conflito de interesses envolvendo uma empresa de consultoria em nome de seus filhos. Apesar disso, ele continuou liderando as pesquisas de intenção de voto, com a AD, composta por PSD e CDS, aparecendo com cerca de 34% nas sondagens mais recentes.
Mesmo após a vitória, Montenegro reafirmou que não aceitará apoio do Chega para formar governo. A expectativa do premiê é construir maioria com o apoio do Iniciativa Liberal, que conquistou 5,53% dos votos.
O pleito também registrou recorde no voto antecipado e em trânsito. Segundo o Ministério da Administração Interna, 333 mil eleitores se cadastraram para essas modalidades — o maior número desde que foram implementadas no país.
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