
Veículo foi levado por dupla armada no último sábado (17), perto da Praça da Paz no bairro Lagoinha, e é o único modo de levá-lo aos médicos e à fisioterapia. Ladrões roubam carro de homem doente em Ribeirão Preto, SP
A dona de casa Gisele Costa torce para que o carro da família, roubado no último sábado (17) em Ribeirão Preto (SP), seja encontrado. O veículo é o único meio de levar o marido, Matheus Soares Pinto, às consultas e à fisioterapia desde que ele sofreu um aneurisma há quatro anos e ficou com graves sequelas.
“Eu peço que nos ajude, deem informações, entrem em contato, para poder achar.”
Apesar do prejuízo e, consequentemente, da rotina afetada pelos ladrões, Gisele está aliviada porque o marido não estava dentro do carro no momento do crime.
“A única coisa que eu fico mais tranquila é que na hora do assalto, o Matheus não estava dentro do carro, porque eles se mostravam bem agressivos. Assaltante com revólver não tem nada a perder. Pela violência, eles poderiam ter ficado nervosos, ter atirado. Porque até eu descer o Matheus, porque ele depende de mim para tirar ele do carro, acredito que eles não teriam essa paciência de esperar”, diz Gisele.
📞 Quem tiver informações sobre o carro, um modelo Volkswagen Polo sedan prata 2005, pode ligar para o disque-denúncia, no telefone 181, ou para a Polícia Militar, no 190.
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Carro roubado na Lagoinha em Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
O crime
O padrasto de Gisele voltava de uma oficina na tarde de sábado, quando foi abordado por dois homens em uma moto na Rua Doutor Wlamir de Lima Pupo, próximo à Praça da Paz no bairro Lagoinha.
“Chegaram numa moto, armados. Ele estava com o vidro aberto, encostaram no veículo e colocaram o revólver na cabeça dele. Ele estava devagar, estava se aproximando da casa já. Ele ficou sem reação, é um idoso. Ele entregou. Eles pegaram o celular e o carro”, diz.
Imagens de câmeras de segurança registraram a movimentação dos ladrões antes do roubo, passando pela rua.
Câmera de segurança flagrou ladrão de carro na Lagoinha em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/Câmeras de segurança
Carro usado para necessidades
Gisele teme que a demora em localizar o carro acabe afetando ainda mais o marido debilitado. Ela afirma que usar o transporte por aplicativo é difícil, porque eles não são adaptados às necessidades de Matheus. Sem frequentar a fisioterapia, ele pode ter retrocessos.
“Ele retrocede do tratamento dele do aneurisma, porque ele teve bastante sequela. Então conforme ele não tem o estímulo da fisioterapia na musculatura, ele retrocede um pouquinho na evolução”, afirma.
O carro também era usado para levar o filho autista do casal à escola.
“É o único bem, é um carro antigo, a gente não tem condições de comprar um carro novo. A gente usa não é nem para passeio, é para consultas, fisioterapia. Eu tenho um filho autista também que depende do carro para ir para a escola. Como tem essa dificuldade de socialização, não dá pra ficar pegando van, ficar pegando ônibus. É uma dificuldade, é só prejuízo.”
Gisele é quem cuida do marido Matheus e precisa do carro para levá-lo às consultas e à fisioterapia em Ribeirão Preto, SP
Aurélio Sal/EPTV
Impunidade
A família possui seguro do veículo, mas a despesa com a franquia, caso precise ser paga, pode impactar o orçamento.
Gisele também torce para além de encontrar o carro, a polícia consiga chegar aos criminosos para que eles não voltem a fazer vítimas.
“A gente se sente vulnerável, é uma sensação de impunidade, é uma situação muito ruim, muito triste.”
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