Os smartphones já fazem parte do nosso dia a dia e, para muitas pessoas, é impensável não ter o aparelho. Só que tem sido cada vez mais difícil comprar um novo modelo no Brasil. Isso porque os celulares estão cada vez mais caros.
Segundo dados da consultoria IDC, os preços destes produtos subiram, em média, 88% entre o primeiro trimestre de 2024 e o deste ano. Isso significa que o valor médio passou de R$ 1.361 para R$ 2.557 em apenas um ano.
Celulares mais tecnológicos, e mais caros
- Segundo reportagem de O Globo, existem algumas explicações para esta alta expressiva nos preços.
- Um deles é a alta do dólar.
- A valorização da moeda norte-americana frente ao real impacta toda a indústria, uma vez que vários componentes são importados.
- Além disso, os fabricantes têm investido em modelos mais sofisticados para a conexão 5G, bem como em soluções de inteligência artificial, que demandam chips com maior capacidade de processamento e baterias mais robustas.
- E é claro que tudo isso é repassado para o preço dos smartphones.

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Incertezas globais e problemas domésticos
Outra explicação para a alta nos preços é a incerteza causada pelas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As principais empresas fabricantes de smartphones ainda estudam o que fazer diante do atual cenário. Uma das alternativas é levar a produção para outros países, essencialmente reduzindo a dependência da China. No entanto, todo este processo é caro e também deve impactar o preço dos produtos, que já apresenta trajetória de alta.
O preço alto neste início de ano é um reflexo de todas as incertezas que vêm aumentando. Ao longo de 2024, a cada trimestre houve altas nos valores dos celulares. Mas, agora, há uma perspectiva de piora no ambiente macroeconômico em um momento em que a tecnologia se impõe. Hoje, por exemplo, metade dos smartphones vendidos já é de Quinta Geração (5G), que têm preço maior.
Reinaldo Sakis, diretor de Pesquisas da IDC

Por outro lado, questões domésticas também explicam este aumento. A principal delas é a inflação brasileira. O remédio adotado para isso é a elevação da taxa básica de juros para 14,75% ao ano, o que inibe o crédito, fazendo com que muitas pessoas deixem de comprar novos produtos. Por fim, o Brasil ainda sofre com o mercado ilegal, que chega a responder por quase 20% das vendas de smartphones.
Neste cenário, a projeção da IDC é que haja alguma melhora ao longo do ano, mas chegando a dezembro com pouco menos de 38 milhões de unidades comercializadas, 6% menos que em 2024. Isso significaria o pior desempenho do setor desde 2019, quando vendeu 49,3 milhões de celulares.
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