Com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas em alta, especialmente depois do depoimento da influenciadora Virginia Fonseca, as pessoas se manifestam nas redes sociais sobre como jogos de azar podem impactar negativamente na vida dos brasileiros.
Na última terça-feira (20), o perfil “Seremos Resistência” compartilhou um vídeo em que repudia todos os atos de famosos quando o assunto é aposta esportiva.
Para entender melhor os efeitos sociais, o Grupo Norte de Comunicação conversou com a psicóloga Danny Silva, que explicou que o vício acontece em razão de uma falsa criação de dopamina, um neurotransmissor no cérebro, essencial para diversos processos como prazer e recompensa.
“É um emocional que precisa ser suprido, então as pessoas jogam por isso. É uma compulsão, um gatilho, uma culpa, um alívio de sensação momentânea e a pessoa entra em um ciclo, que desencadeia em vício”, disse.
Questionada sobre vulnerabilidade, a especialista disse que jovens e adolescentes podem se mostrar mais sensíveis, tendo em vista proximidades com influenciadores digitais. Contudo, pessoas que passam por crises financeiras e acreditam que jogando serão saciados, podem ir para esse meio, além de traumas emocionais.
Danny Silva pontuou ainda que sinais comuns de quem passa pelo vício são:
- Negligências relacionadas ao âmbito profissional;
- Irritabilidade;
- Afastamento social;
- Mentiras;
- Insônia.
Apesar do processo desafiador, a psicóloga explica que pode passar. “A cura é possível, mas leva tempo. Algo de seis meses a dois anos. É possível voltar a viver e sair do mecanismo que virou recorrente”, sinaliza.
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