Por conta de erosão, governo federal reconhece emergência em estação que abastece água para 60% de Rio Branco


Medida foi publicada no Diário Oficial da União e permite que o município acesse recursos emergenciais para contribuir na solução dos problemas. ETA II enfrenta problemas estruturais e já teve o funcionamento interrompido diversas vezes. ETA II, que abastece 60% da capital acreana, enfrenta problemas estruturais
Arquivo/Secom
Por conta de problemas estruturais e instabilidade do solo, inclusive com erosão, o governo federal reconheceu a situação de emergência na Estação de Tratamento de Água (ETA) II de Rio Branco.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa quarta-feira (21), por meio de portaria do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e a Defesa Civil Nacional.
📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp
Balseiros se acumulam em bomba de captação da ETA I em Rio Branco
A ETA II abastece todo o Segundo Distrito e parte do primeiro, um universo de mais de 250 mil pessoas espalhadas por mais de 50 bairros e o equivalente a 60% da área urbana da capital.
A situação de emergência na ETA II havia sido decretada por meio do Decreto N.º 1572, de abril deste ano.
O documento, assinado pelo prefeito Tião Bocalom (PL), ressalta que ambas as ETAs da capital acreana têm problemas na estrutura e “risco iminente de desabastecimento para 100% dos domicílios de Rio Branco”.
LEIA MAIS:
Após colapso no abastecimento de água, Rio Branco recebe novas motobombas para ampliação do sistema
ETA II tem problemas em equipamentos e instabilidade no solo
Vitória Guimarães/Rede Amazônica Acre
Com o reconhecimento, o município vai poder acessar recursos emergenciais para contribuir na solução dos problemas.
Segundo o MIDR, o Acre tem 12 reconhecimentos vigentes, sendo 10 por inundações, um por erosão de margem fluvial e um por chuvas intensas.
Solo da ETA II, em Rio Branco, é instável
Marcos Araújo/Secom
Sistema em colapso
Nos últimos anos, o sistema de abastecimento de água da capital tem enfrentado diversos problemas e chegou a entrar em colapso em alguns momentos. A capital acreana é abastecida por duas estações de tratamento de água, ETA I e ETA II, e ambas apresentaram diversas falhas desde março de 2024.
Em julho do ano passado, parte da estrutura da ETA II desabou após sofrer com erosões constantes desde que as águas do Rio Acre baixaram após a enchente de 2024. Ninguém se feriu.
Novas situações que prejudicaram o fornecimento de água para a população ocorreram nos meses seguintes. Em fevereiro, a prefeitura também decretou emergência na ETA I.
ETA II passa por obras após erosão e pane em equipamentos
Já em março deste ano, durante a enchente mais recente do Rio Acre, a ETA II ficou sem captação de água a partir do dia 11 após a forte correnteza do manancial e um tronco de árvore virarem uma bomba flutuante, segundo o Saerb. A expectativa era de que a situação normalizasse em 24h, o que não ocorreu.
No dia 24 de março, o governo federal anunciou o envio de R$ 9,5 milhões em recursos para a aquisição de bombas centrífugas utilizadas no saneamento básico. Antes disso, em dezembro do ano passado, o ministro da Integração, Waldez Góes, anunciou quase R$ 17 milhões para reconstrução da estação.
Reveja os telejornais do Acre
Adicionar aos favoritos o Link permanente.