Polícia revela: facção criminosa mandou matar tenente da PM em Ananindeua

A Polícia Civil do Pará revelou em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (17), que a ordem para executar o policial militar da reserva, Edilson César Pereira, partiu de integrantes de uma facção criminosa. O crime, ocorrido na noite de sábado (15), em um mercadinho na avenida Hélio Gueiros, no bairro 40 Horas, em Ananindeua, chocou a comunidade e despertou indignação entre os colegas de farda.

Durante a coletiva, o delegado geral da Polícia Civil, Walter Resende, detalhou a prisão de dois suspeitos de envolvimento na morte do subtenente, popularmente conhecido como César. Segundo as investigações preliminares, o executor do crime tinha uma dívida com traficantes e foi ordenado a matar o subtenente como forma de quitação.

“Os mandantes do crime são vinculados a facções criminosas e têm envolvimento no tráfico de drogas na área. Esse elemento (suspeito de executar) tinha dívida com traficantes e recebeu a missão de praticar esse crime como uma maneira de quitar a dívida. Os mandantes orientaram quem seria a vítima e ele executou. Mas isso tudo ainda é objeto de investigação. Com a prisão deles, certamente vamos poder ampliar a investigação e buscar todos os envolvidos”, afirmou o delegado.

Prisões e Investigações

O primeiro suspeito, acusado de atirar e matar o PM da reserva, alegou em depoimento que devolveu a arma de fogo logo após o crime. “A arma está sendo objeto de diligência da nossa instituição. Segundo o informe, ele recebeu essa arma para praticar o crime e logo em seguida teve que devolvê-la.

Certamente que o depoimento dele não merece muita credibilidade, mas nós estamos fazendo todos os esforços para juntar no inquérito policial todos os elementos possíveis que possam levar esse elemento para sua condenação, assim como os outros envolvidos nesse homicídio”, disse Walter Resende.

Além do executor, outro homem foi preso por dar apoio logístico após o assassinato. Os suspeitos foram capturados em menos de 24 horas após o crime, no bairro do Coqueiro. O executor estava em um condomínio, se preparando para deixar o Pará, enquanto o cúmplice foi detido na casa onde morava, algumas ruas de distância.

“Além disso, ainda foram apreendidos celulares, drogas, munições, o veículo usado e até a roupa que ele usou no momento do crime. Também há outros elementos que nos possibilitaram fazer uma prisão em flagrante. O executor do homicídio já possui passagens pela Justiça e é conhecido por envolvimento em alguns delitos”, informou o delegado.

As diligências continuam para identificar e prender os mandantes do crime. A Polícia Civil ressaltou o trabalho unificado de todas as forças de segurança pública, incluindo a Polícia Militar e a Secretaria de Administração Penitenciária, que resultou na rápida identificação e captura dos suspeitos.

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