A cirurgia plástica do nariz, conhecida como rinoplastia, segue como uma das mais procuradas no mundo. Em 2023, foram mais de 1 milhão de procedimentos realizados, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). No Brasil, o número ultrapassou os 87 mil.
Para o cirurgião plástico Volney Pitombo, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a procura crescente está ligada a uma mudança significativa na forma como a cirurgia é realizada — e também na maneira como os pacientes enxergam a própria imagem.
“A rinoplastia passou a oferecer resultados muito mais naturais”, afirma Pitombo. “As pessoas tinham receio de mudar demais o rosto, mas hoje a cirurgia é mais suave, menos traumática e mais harmônica.”
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Demanda cresceu na era das redes sociais
As redes sociais e o hábito constante de se ver em selfies também influenciaram essa nova demanda. Segundo o médico, os pacientes estão mais atentos aos detalhes do próprio rosto e buscam alterações sutis, especialmente na ponta do nariz — região que, segundo ele, tem se tornado o principal foco das queixas.
“Antigamente, a cirurgia era mais redutora, retirava volume do dorso nasal. O resultado, muitas vezes, era artificial. Hoje, a definição da ponta do nariz é o que mais valoriza o rosto”, explica.
Segurança na cirurgia
O uso do ultrassom, a adoção de técnicas preservadoras e o respeito às limitações anatômicas individuais são temas de atenção. Para o presidente da SBCP, a transparência no diálogo com o paciente é parte fundamental do sucesso da cirurgia. “O primeiro passo da rinoplastia é uma consulta clara, onde se estabelece o que pode — e o que não pode — ser feito. O perfil ideal não é um molde. É aquele que se encaixa perfeitamente ao rosto de cada pessoa.”
Além disso, existe um procedimento chamado rinoplastia secundária, realizado quando a primeira cirurgia não atinge os resultados esperados.

“É fundamental escolher especialistas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), conhecendo o currículo do cirurgião e evitando decisões baseadas apenas em perfis de redes sociais ou número de seguidores” – diz o Dr. Volney Pitombo.
Outro ponto crucial, segundo o médico, é a “luta permanente contra a invasão de não médicos na cirurgia plástica”. “Somos os guardiões da especialidade, defendendo o nosso espaço e assegurando que procedimentos cirúrgicos sejam realizados exclusivamente por profissionais habilitados e treinados” – completa.
A formação do cirurgião plástico no Brasil exige um percurso rigoroso: são seis anos de graduação em Medicina, três anos de especialização em Cirurgia Geral e mais três anos de residência em Cirurgia Plástica. Ou seja, são 12 anos de estudo e prática intensiva para garantir a qualificação necessária.
A SBCP é a única sociedade oficial que credencia serviços e outorga o título de especialista, assegurando elevados padrões técnicos e éticos, explica Dr. Volney. Essa certificação é essencial para garantir a segurança dos pacientes, preservar a reputação da especialidade e assegurar a qualidade dos atendimentos.
“O mundo da cirurgia plástica está em constante evolução, e nós, como Sociedade, devemos estar sempre alinhados com as melhores práticas globais, mantendo a competência e a ética como pilares que sustentam a confiança dos pacientes em nosso trabalho” – finaliza.
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