VÍDEO – Incêndios, terror e insegurança jurídica: fazenda Mutamba e COP 30, tudo a ver

A Fazenda Mutamba, localizada em Marabá, no sudeste do Pará, tornou-se cenário cotidiano de uma escalada alarmante de banditismo e terror. Invasores de terras, incendiários de florestas, ladrões de madeira e de gado vêm perturbando a paz da propriedade, enfrentando uma resposta negligente do governo estadual.

O direito à propriedade está sendo desrespeitado de forma flagrante, enquanto criminosos agora exigem a retirada do gado da fazenda como se eles fossem os verdadeiros donos das terras. A inversão de valores é completa e desafiadora.

Segundo Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela polícia local no último dia 18, filmagens capturadas por drone identificaram um homem armado com uma espingarda longa, acompanhado de comparsas, “vistoriando” as terras da fazenda. Um dos suspeitos estava no volante de um veículo Corsa preto, placa MFC 0960, registrado em nome de Lair Antônio Camera.

Os funcionários da fazenda Mutamba relatam constantes ameaças de morte e intimidações sob o olhar atento dos invasores armados. A Delegacia de Conflitos Agrários, criada para resolver problemas como esse e prender criminosos, permanece inerte, aparentemente esperando por ordens políticas para agir. Este comportamento tem sido descrito como absurdo e bizarro, evidenciando uma grave falha na proteção dos direitos dos proprietários.

Sérgio Mutran, proprietário da fazenda, relata que, após solicitar ajuda ao governador Helder Barbalho e seus familiares no poder, foi ignorado. Desesperado, ele apelou à vice-governadora Hanna Ghassan, aguardando uma manifestação.

Enquanto isso, na próxima segunda-feira, dia 26, o juiz da Vara Agrária, que retorna de férias, terá a incumbência de despachar sobre o cumprimento da liminar que ordena a retirada dos invasores, devolvendo a paz ao local. O juiz poderá determinar o uso de força policial para assegurar o cumprimento da sentença, obrigando a polícia a agir sob pena de desobediência ao Judiciário e colapso do estado democrático de direito.

O cenário de destruição é evidente: a fazenda sofre com a destruição de castanheiras centenárias, incêndios em reservas florestais e a retirada ilegal de madeira, além de ataques e roubos perpetrados por diversos criminosos. Estes fatos evidenciam um dos capítulos mais perversos da história fundiária do Pará.

As falácias da COP 30

Paralelamente ao que acontece nessa fazenda, o governo Helder investe milhões em publicidade para promover a COP 30, sediada em Belém, destacando-se na mídia nacional e internacional. Contudo, críticos apontam que o governo estadual negligencia questões cruciais como a proteção ambiental, o direito à propriedade e o desenvolvimento social, ao mesmo tempo em que vende ao mundo a ilusão de estar defendendo a Amazônia.

O caso da Fazenda Mutamba é um reflexo das falhas sistêmicas na proteção dos direitos dos proprietários e na manutenção da ordem e segurança no estado. Enquanto a comunidade local vive sob constante ameaça e os invasores operam com impunidade, a população questiona a eficácia das instituições responsáveis e a verdadeira prioridade do governo estadual.

Essa inação é não apenas absurda, mas também extremamente perigosa. Sob a proteção de uma liminar de reintegração de posse, deferida pelo Poder Judiciário, o pecuarista Sérgio Mutran, cansado de pedir auxílio ao governador Helder Barbalho e seus aliados, sem resposta, apelou agora à vice-governadora Hanna Ghassan, esperando uma solução.

Estado omisso

O impacto disso tudo é devastador: a confiança dos investidores despenca, afetando diretamente a economia local e nacional. Compradores de produtos da fazenda hesitam em fechar negócios, temendo retaliações ou problemas legais decorrentes das disputas territoriais. A instabilidade jurídica, amplificada pela inação do governo, cria um ambiente hostil para o desenvolvimento, onde o estado democrático de direito é corroído pela impunidade e pela violência.

É essa política de terra arrasada que o governo estadual quer para quem verdadeiramente trabalha e produz? Se for isso, estamos muito mal de governo e o que é vendido em milionária publicidade não passa de uma farsa.

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