Homem sofreu graves consequências após tomar 1.176 comprimidos de ibuprofeno em um mês

Tomar muitos analgésicos pode causar estragos no seu corpo, como um homem aprendeu da pior maneira depois de tomar mais de 1.000 comprimidos de ibuprofeno em apenas um mês.

Vamos falar sobre o ‘SB’, um corredor dedicado de 34 anos que estava constantemente lutando contra dores e desconfortos. Em vez de ouvir seu corpo e procurar aconselhamento médico adequado, SB recorreu ao ibuprofeno para alívio. Ele começou com uma dose pequena, mas logo perdeu o controle, interpretando mal as diretrizes de dosagem. Esse cara estava tomando sete ibuprofenos por dia, sentindo-se invencível, mas não por muito tempo. Antes que percebesse, SB estava ingerindo até 28 comprimidos diariamente. Para contextualizar, a dose recomendada para adultos é de um ou dois comprimidos de 200mg três vezes ao dia. Sim, ele estava muito além do limite.

O plano de manejo da dor auto-prescrito de SB foi por água abaixo rapidamente. Um dia, ele engoliu um punhado de comprimidos e sentiu que eles ficaram presos no peito. Ignorando esse claro sinal de alerta, ele continuou tomando mais para diminuir a dor. Logo, ele estava sentindo gosto de sangue, vomitando e percebendo que suas fezes estavam assustadoramente escuras. Em vez de procurar um médico imediatamente, ele esperou até quase não conseguir urinar e sentir tontura, dores e fadiga. Quando chegou ao hospital, ele estava um caos. Sua pele estava pálida, sua pressão arterial caía sempre que ele se levantava, e seu coração estava disparado como se ele tivesse acabado de correr uma maratona.

Os médicos não demoraram a descobrir o que estava errado. SB estava sofrendo de hematêmese, uma condição em que você está sangrando internamente e vomitando sangue. Seu hábito de tomar ibuprofeno tinha causado úlceras em seu esôfago e estômago, que estavam sangrando intensamente. Para completar, seus rins estavam à beira da falência. Ele precisou de diálise urgente e cauterização para parar o sangramento.

A lição? Não seja como SB. Siga as instruções do seu médico e as orientações do seu medicamento. O ibuprofeno pode ser sua escolha para uma dor de cabeça ou dor leve, mas não é uma solução a longo prazo para dor crônica. O uso excessivo pode levar a sérios problemas de saúde, desde sangramentos internos até insuficiência renal. Se você está com dor constante, consulte um profissional de saúde em vez de confiar em soluções de venda livre.

Lembre-se, é o seu corpo. Trate-o com respeito. Se algo não parece certo, não espere até ser tarde demais. Procure ajuda e evite recorrer a medidas drásticas como SB fez. Você só tem um corpo — não o destrua.

Como o remédio sabe onde está doendo?

Quando você toma um analgésico como o ibuprofeno, ele não “sabe” exatamente onde está doendo. O que acontece é que o medicamento age de maneira sistêmica, ou seja, em todo o corpo. O ibuprofeno pertence a uma classe de medicamentos chamados anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), que funcionam bloqueando a produção de substâncias químicas chamadas prostaglandinas. Essas prostaglandinas são produzidas em resposta a lesões ou doenças e causam inflamação, dor e febre.

Ao bloquear a enzima que produz prostaglandinas (chamada ciclo-oxigenase ou COX), o ibuprofeno reduz a inflamação e, consequentemente, alivia a dor e a febre. Isso significa que, independentemente de onde você está sentindo dor – seja na cabeça, nas costas ou em um músculo –, o ibuprofeno pode ajudar a aliviar esse desconforto porque está reduzindo a resposta inflamatória em todo o corpo. Portanto, o medicamento não se dirige especificamente ao local da dor, mas sim atua de maneira geral para reduzir a inflamação e a dor onde quer que elas estejam ocorrendo.

Essa ação sistêmica é a razão pela qual os analgésicos podem ser eficazes para diferentes tipos de dor. No entanto, é importante lembrar que, enquanto os AINEs como o ibuprofeno podem ser úteis para o alívio temporário da dor, eles não tratam a causa subjacente do problema. Por isso, é sempre recomendado buscar orientação médica se a dor persistir ou se houver necessidade de usar analgésicos com frequência.

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