Aldeia no Acre inova com ‘farmácias vivas’ baseadas em plantas medicinais amazônicas

A Aldeia Morada Nova, localizada no município de Feijó, está liderando uma iniciativa inédita no Acre: a criação de farmácias vivas. Esses viveiros são exclusivamente dedicados ao cultivo de plantas medicinais nativas da Amazônia e têm como objetivo promover a preservação da sabedoria ancestral dos povos indígenas.

Runi Shanenawá, uma das principais lideranças do povo Shanenawá e idealizadora do projeto, revelou que a meta para 2025 é cultivar mais de 400 espécies de plantas medicinais.

Segundo Runi, a iniciativa é uma resposta à crescente incidência de doenças e ao surgimento de novos vírus.

“A nossa meta para 2025 é de ter mais de 400 mudas de medicinas diversas plantadas aqui no nosso viveiro. Sabemos que a cada dia mais as pessoas adoecem, aparece vírus que antes não tinha e hoje nós queremos estar preparados para qualquer tipo de doenças, qualquer tipo de enfermidade que possa aparecer no mundo e nós vamos ter em primeiro lugar a nossa medicina tradicional para depois a gente procurar a nossa medicina ocidental”, explicou.

Ela explicou que as pajés da aldeia estão realizando um levantamento das espécies no Instituto e no viveiro local.

“Estamos fortalecendo a cultura, a ancestralidade do povo Shanenawá e principalmente trabalhando com as medicinas tradicionais do nosso povo”, disse Runi.

Outro objetivo central do projeto é assegurar a continuidade dos conhecimentos indígenas sobre a flora medicinal.

Runi reforçou que o trabalho busca transmitir essas práticas às próximas gerações, além de oferecer ao mundo alternativas naturais e eficazes para o tratamento de diversas condições de saúde.

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