Trump assina decreto para impulsionar IA sem “viés ideológico” e revoga medidas de Biden

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na segunda-feira (20) um decreto que estabelece novas diretrizes para o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) no país.

A medida prevê a criação, em até 180 dias, de uma política nacional para garantir o domínio global dos EUA no setor, promovendo competitividade econômica, segurança nacional e inovação tecnológica.

O decreto também revoga normas implementadas pelo ex-presidente Joe Biden em 2023. A administração anterior buscava regular a IA, exigindo que empresas compartilhassem os resultados de testes de segurança com o governo antes de lançar sistemas com potenciais riscos à segurança nacional, economia ou saúde pública.

De acordo com o novo governo, as regras de Biden restringiam a inovação tecnológica e introduziam vieses ideológicos nas políticas de IA. Trump argumenta que a nova abordagem deve ser baseada em princípios como liberdade de expressão e desenvolvimento humano, sem influências políticas ou sociais.

“Estamos garantindo que a inteligência artificial seja uma ferramenta para o crescimento econômico e a segurança nacional, não para promover agendas ou ideologias restritivas”, declarou Trump.

Parceria bilionária para infraestrutura de IA

O decreto vem acompanhado de uma importante iniciativa econômica: a joint venture entre OpenAI, Oracle e SoftBank para a construção de uma rede de data centers nos Estados Unidos.

O projeto, batizado de Stargate, representa um investimento de US$ 500 bilhões (cerca de R$ 3 trilhões) ao longo dos próximos quatro anos.

Segundo Trump, essa será a “maior infraestrutura de IA da história”, fornecendo a base tecnológica necessária para que os EUA mantenham sua liderança no setor. O objetivo é criar uma infraestrutura robusta de computação capaz de impulsionar avanços em inteligência artificial e competir diretamente com países como a China.

O novo decreto prevê a criação de um Plano de Ação de Inteligência Artificial, que deverá orientar o uso da tecnologia em benefício do “florescimento humano”, promovendo a competitividade econômica e garantindo a segurança nacional.

A decisão ocorre em um contexto de acirrada concorrência global pela liderança em inteligência artificial. A China, por exemplo, vem avançando rapidamente no desenvolvimento e aplicação da tecnologia, o que aumenta a pressão sobre os Estados Unidos para se manterem à frente.

*Com informações do Olhar Digital e CNN.

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