Crise na saúde de Porto Velho: Força Nacional do SUS chega à capital após decreto de emergência

Na última semana, a Prefeitura de Porto Velho decretou Situação de Emergência na Saúde Pública do Município - Foto: Ana Flávia Venâncio/Divulgação

A Prefeitura de Porto Velho apresentou nesta terça-feira (4) os profissionais da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) que atuarão na capital após o decreto de Situação de Emergência na Saúde Pública do Município.

A medida é parte de um conjunto de ações estratégicas baseadas em relatório técnico da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e visa evitar o agravamento da crise e garantir a continuidade dos serviços essenciais.

Segundo o coordenador-geral da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, a presença da equipe é fundamental para entender a realidade local e propor soluções rápidas.

A equipe, composta por 12 profissionais de diversas áreas, irá realizar um levantamento situacional para embasar a elaboração de um plano de ação. Esse plano será desenvolvido em parceria com o Município, o Estado e o Governo Federal.

Cenário crítico em Porto Velho

O Decreto de Emergência na Saúde Pública nº 20.763, assinado em 27 de janeiro de 2025 pelo prefeito Léo Moraes, formaliza a crise e permite a adoção de medidas rápidas para mitigar os impactos na população.

“Nossa saúde está na UTI. Somos uma das piores capitais do Brasil em termos de atendimento, cobertura e assistência a quem mais precisa”, declarou.

O relatório enviado ao Ministério da Saúde revelou um cenário de desassistência generalizada e risco iminente de colapso no atendimento à população. Entre os principais problemas identificados estão:

  • Falta de servidores e equipamentos em cinco unidades de saúde, como as unidades Manoel Amorim de Matos e Três Marias, deixando mais de 70 mil pessoas sem atendimento básico;
  • Fila de espera de 23 mil pacientes para consultas ambulatoriais em especialidades como cardiologia, psicologia e fonoaudiologia, com casos que chegam a quatro anos de espera;
  • Carência de 584 servidores de saúde, número que pode aumentar com o vencimento de contratos emergenciais nos próximos meses.

Ações previstas para conter a crise

De acordo com o secretário da Semusa, Jaime Gazola Filho, a equipe da Força Nacional vai definir metas de curto, médio e longo prazo.

Entre as ações previstas para conter a crise na saúde pública de Porto Velho estão:

  • Contratação emergencial de profissionais de saúde;
  • Aquisição imediata de insumos e medicamentos;
  • Reestruturação das unidades inoperantes;
  • Criação de uma Comissão de Crise para coordenar os esforços.

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