Laranja em alta! Veja o que explica a disparada de preços no Acre

O preço da laranja teve um aumento de 21,35% na Ceasa de Rio Branco (Acre), conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em dezembro de 2023, a central de abastecimento da capital acreana comercializou 6.800 kg da fruta. Já em novembro de 2024, o volume caiu para 354 kg, e, embora tenha subido para 13.120 kg em dezembro de 2024, a valorização do preço se manteve.

Por que o preço da laranja subiu no Acre?

A alta expressiva ocorreu em meio à redução da oferta no mercado. O cenário de escassez se repete em nível nacional.

O volume total de laranjas comercializadas nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país foi de 604,2 mil toneladas, uma redução de 8,1% em relação a 2023.

A queda na produção está associada à estiagem que atingiu o país no final de 2023 e no primeiro semestre de 2024. A cenário afetou a produtividade e a qualidade das frutas, que chegaram menores e murchas ao mercado.

Além da estiagem, fatores como pragas e doenças, incluindo a alta incidência do greening, também contribuíram para a redução da oferta.

Quando o setor pode se recuperar?

Especialistas apontam que a recuperação do setor dependerá das condições climáticas e do controle do greening nos pomares.

A seca prolongada e a irregularidade das chuvas podem comprometer ainda mais a produção, exigindo investimentos em tecnologias de irrigação e manejo integrado para mitigar os impactos.

Para a safra 2025/26, a regularidade das chuvas no primeiro semestre será determinante para recompor os estoques de suco e garantir frutas de melhor qualidade para o consumo in natura.

O que esperar do futuro do mercado de laranjas?

O Fundo de Defesa da Citricultura alerta para desafios nos próximos anos, com impactos diretos sobre produtores e consumidores.

A expectativa é de que a demanda por suco de laranja permaneça alta no mercado internacional, o que pode pressionar ainda mais os preços internos.

Além disso, produtores enfrentam dificuldades com o aumento dos custos de insumos agrícolas, como fertilizantes e defensivos, tornando o cenário ainda mais desafiador para o setor.

“Com a expectativa de que a safra 2024/25 seja a mais baixa dos últimos tempos, especialistas alertam que a recuperação do setor dependerá de fatores climáticos e do controle da incidência do greening nos pomares. Para 2025/26, é essencial que as chuvas sejam constantes ao longo do primeiro semestre para recompor os estoques de suco e garantir laranjas de melhor qualidade para o consumo in natura. O Fundo de Defesa da Citricultura já prevê desafios para os próximos anos, com impactos diretos para produtores e consumidores em todo o país”, afirmou a autarquia.

*Com informações do portal Acre+

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