Saiba onde estão acontecendo todos os terremotos no mundo

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, na madrugada de sexta-feira (14), celulares do sistema Android receberam um alerta de terremoto no mar de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Enviada para dispositivos localizados no Rio de Janeiro, Minas Gerais e em São Paulo, a mensagem se mostrou um alarme falso, sem o envolvimento de nenhum órgão oficial.

Enquanto a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está investigando o ocorrido, o Google desativou temporariamente seu sistema de alerta de terremotos – de onde o órgão regulador suspeita que foi disparado o aviso.

Captura de tela de alerta de terremoto emitido pelo Android para quem estava em São Paulo e no Rio de Janeiro
Alerta de terremoto enviado para celulares Android na sexta-feira (14). Crédito: Captura de tela/Google

A Anatel instaurou um processo administrativo para apurar o caso e entender como os alertas foram gerados e disseminados pelas redes de telecomunicações. O objetivo é esclarecer se houve alguma irregularidade e, em caso afirmativo, tomar as medidas cabíveis contra a empresa responsável.

Uma ferramenta online desenvolvida pela Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, permite saber exatamente quais pontos na Terra estão enfrentando terremotos – tudo em tempo real.

O que é um terremoto?

De acordo com o Laboratório de Sismologia da UC-Berkeley, um terremoto ocorre quando há um deslocamento repentino entre blocos de rocha ao longo de uma falha, liberando energia sísmica e causando tremores no solo. Esse fenômeno pode ter diferentes origens, como o movimento das placas tectônicas ou a atividade vulcânica.

As falhas são fraturas na crosta terrestre onde os blocos rochosos se movem. Esse deslocamento pode ser rápido, gerando terremotos, ou lento, em um processo chamado fluência. As falhas variam de poucos milímetros a milhares de quilômetros e se reativam diversas vezes ao longo da história geológica.

Ilustração mostra dinâmica dos terremotos no subsolo da Terra. Crédito: BlueRingMedia – Shutterstock

Durante um terremoto, um dos blocos da falha desliza em relação ao outro. Dependendo da inclinação a e da direção desse movimento, os cientistas classificam as falhas em diferentes tipos. 

Se o deslocamento ocorre na direção vertical, são chamadas de falhas normais ou reversas. Já as falhas com deslocamento horizontal são conhecidas como falhas de deslizamento lateral, podendo ser classificadas como lateral-direita ou lateral-esquerda. Quando há uma combinação de ambos os movimentos, a falha recebe o nome de deslizamento oblíquo.

Os terremotos variam em intensidade e podem causar desde pequenos tremores até grandes destruições, dependendo da profundidade e da energia liberada pelo evento.

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Mapa interativo dá detalhes sobre os terremotos em atividade na Terra

No site da instituição, há um mapa interativo que mostra todos os terremotos ativos na Terra – na hora mais recente, no dia anterior e na última semana (clique aqui).

Mapa interativo que mostra os terremotos em tepo real. Crédito: Laboratório de Sismologia da UC-Berkeley

Ao clicar em alguma das “bolinhas” que indicam presença de terremoto, o usuário tem acesso a informações como: magnitude, hora do evento no fuso horário local e universal, profundidade e referência geográfica.

Também é possível a quem estiver nas proximidades de cada terremoto enviar informações sobre o abalo em questão. Clicando em “Did You Feel It?” (Você sentiu?), a pessoa é direcionada ao site do Serviço Geológico dos Estados Unidos, para preencher um formulário-relatório.

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