Onda de calor trará sensação térmica de 60°C: Por que está tão quente?

Onda de calor trará sensação térmica de 60°C

O Rio de Janeiro enfrenta uma onda de calor intensa, com termômetros marcando até 41°C nesta segunda-feira (17) e sensação térmica ultrapassando os 60°C. Além do desconforto, esse cenário traz riscos sérios à saúde, especialmente para grupos mais vulneráveis.

Segundo um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o calor extremo está ligado ao aumento da mortalidade entre idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, Alzheimer e insuficiência renal.

Como o Calor Afeta a Saúde

O protocolo da Prefeitura do Rio classifica o calor em níveis de 1 a 5 (NC1 a NC5), indicando ações necessárias conforme a gravidade. Quando a temperatura supera 40°C por quatro horas ou mais (NC4), o risco de mortes por doenças como hipertensão e diabetes entre idosos aumenta 50%. Os primeiros sinais de alerta incluem pele avermelhada, cansaço excessivo, tontura, náuseas e confusão mental. Médicos reforçam a importância de monitorar esses sintomas, principalmente em crianças, idosos e pessoas com condições crônicas.

Por Que Está Tão Quente?

Vários fatores explicam as temperaturas extremas no Rio. Primeiro, as mudanças climáticas globais elevam a média térmica do planeta, intensificando ondas de calor. Além disso, o fenômeno de ilhas de calor urbanas — comum em grandes cidades — contribui para o aquecimento local. Asfalto, concreto e falta de áreas verdes retêm calor, elevando a temperatura em até 5°C comparado a regiões rurais. Outro elemento é a alta umidade do ar, comum no litoral, que amplia a sensação térmica. Somado a isso, eventos climáticos como El Niño podem alterar padrões de temperatura globalmente, agravando situações locais.

O Que é uma Onda de Calor?

Uma onda de calor ocorre quando as temperaturas ficam acima da média por dois dias ou mais, afetando grandes áreas e colocando a saúde em risco. No Rio, a combinação de calor prolongado, umidade e urbanização intensa cria um cenário crítico, exigindo adaptações urgentes.

Como se Proteger

  1. Evite exposição direta ao sol: Entre 10h e 16h, permaneça na sombra. Use chapéus, roupas leves de algodão e protetor solar. Crianças precisam de proteção extra, como chapéus de abas largas.
  2. Hidrate-se constantemente: Beba água ou sucos naturais sem açúcar, mesmo sem sede. Evite álcool e bebidas muito doces. Idosos e crianças podem não sentir sede, então ofereça líquidos regularmente.
  3. Resfrie o corpo: Passe 2 a 3 horas por dia em locais frescos, como shoppings ou bibliotecas com ar-condicionado. Banhos com água morna ajudam, mas evite mudanças bruscas de temperatura.
  4. Adapte sua casa: Feche cortinas durante o dia para bloquear o calor e abra janelas à noite para ventilação. Use roupas leves ao dormir e reduza cobertores.
  5. Cuidados em viagens: Se o carro não tem ar-condicionado, mantenha janelas parcialmente abertas. Leve água e evite viajar com crianças ou idosos em horários de sol forte.
  6. Ajude quem precisa: Verifique a condição de vizinhos idosos ou pessoas com doenças crônicas. Peça ajuda se sentir sintomas como tontura ou confusão.

Quando Procurar um Médico

Pessoas com doenças crônicas, em dietas restritivas ou usando medicamentos devem consultar um profissional antecipadamente. Sintomas incomuns, como desidratação severa ou alterações de consciência, exigem atenção imediata.

A combinação de calor extremo, urbanização e mudanças climáticas exige ações coletivas e individuais. Enquanto autoridades precisam criar planos de adaptação — como ampliar áreas verdes e melhorar atendimento a populações vulneráveis —, a população deve seguir recomendações para reduzir riscos. Proteger-se não é apenas uma questão de conforto, mas de saúde pública.

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