Passarela: a nova label de techno no photo policy que aposta na nova geração do techno 

No dia 22 de fevereiro, São Paulo recebe a estreia da Passarela, uma nova party label que promete movimentar a cena eletrônica brasileira com uma abordagem inovadora e curadoria refinada de techno. Idealizada pelo DJ e produtor Baldacci, a festa chega com uma proposta imersiva, valorizando a conexão autêntica entre público, pista e música.

Com um lineup formado por Baldacci, Badaro, Gabriel Brasil, Babyman e Human Mind, a primeira edição acontece no Discreto Club, um dos mais novos hotspots da capital paulista. O evento segue uma política “no-photo”, incentivando uma experiência mais profunda e livre de distrações. Além do som hipnotizante, a Passarela também aposta em um projeto visual envolvente para complementar a energia da pista.

Para entender melhor a essência da festa e as motivações por trás da sua criação, conversamos com o próprio Baldacci. O DJ e produtor nos conta sobre sua visão para o projeto, a curadoria musical e os diferenciais que a Passarela trará para o circuito underground de São Paulo. Confira a entrevista!

HM: Como surgiu a ideia da label Passarela, e quais os principais objetivos de vocês?

BALDACCI: A ideia surgiu de uma dor minha… Em 2022 pós pandemia, foi muito difícil ir em uma festa onde tivesse um público engajado, foi difícil curtir 100% da experiência das festas. Foi aí que decidi desenvolver a label no formato no-photo policy, acredito que aí estão as oportunidades para novos projetos e se eu não fizesse, alguém faria por mim…

HM: Por que fazer uma festa “no-photo”? Filmar também será proibido, certo?

B: Filmar e fotografar não serão permitidos… A ideia não é taxar, obrigar, impor nada a ninguém… mas é muito simples, estamos criando esse hábito e todo hábito demora a virar ‘rotina’, mas é um habito que assim que você se acostuma é difícil voltar atrás, justamente pois o ser humano é carente por interação humana, principalmente nos dias de hoje.

HM: Vocês se inspiraram em quais rolês para esse projeto? Conhecem outras festas com a mesma política no Brasil?

B: Me inspiro muito na experiência das festas da Coocon, Time Warp, Dekmantel, mas muito da inspiração vem dos principais clubs de Berlim… Aqui no Brasil posso dizer que fui motivado pela experiência que tive na Mixordia, festa nacional de minimal techno que funciona muito bem sendo no-photo policy

Até existem algumas festas, mas acho que por protecionismo ao formato, muitas são bem underground e fechadas… Acho que mais gente precisa desse tipo de festa, gostaria que existissem mais contemporâneos nesse movimento

HM: Na questão da curadoria, como será o balanço entre a nova geração do techno e nomes consagrados e mais expressivos da vertente?

B: A ideia é a gente não se debruçar no lineup colocando healiners, confie na nossa curadoria que não arrependerás… Mas sempre faremos uma curadoria equilibradíssima, inclusive procuramos talentos femininos de techno.

HM: Explique melhor sobre a questão do atendimento. Como ele será tão diferente assim em relação aos outros rolês?
B: Acho que mais do que a label ser no-photo policy, nós somos feitos de pessoas. A festa é feita de pessoas para pessoas. E isso implica em atendermos todos sempre muito bem, tanto no quesito receber da melhor maneira, saber se você está bem, até atender as pessoas bem pré festa, pós festa e etc…

HM: Além da curadoria e do atendimento, quais os outros diferenciais do projeto?

B: Os visuais, a qualidade dos engenheiros de som, a qualidade dos equipamentos usados, os fotógrafos, os bouncers, os seguranças… Acho que tudo isso é diferencial. Todos serão treinados ou farão um trabalho para que a gente chegue no melhor resultado possível com o que temos (ou com o que ainda não foi visto ainda).

HM: O que a Passarela representa para vocês?
B: No fim, acho que a Passarela representa expoência… Modéstia à parte, o projeto desde o início tem perspectivas de ser o representante da nossa cultura techno de SP… E isso significa que a nossa missão é muito maior que só abrir festa e ver se as pessoas vão comprar, mas sim, gerar valor, gerar valor de verdade, ter conceito, agregar de fato… Tá na hora de termos uma label party, gravadora, lifestyle, marca, comunidade… enfim, que venha Passarela!

Por assessoria

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