5 ideias erradas que você tem sobre o tempo – e como Einstein e Hawking podem te ajudar

O tempo parece ser uma das únicas certezas da vida: ele passa, nunca volta e todos nós estamos sujeitos a ele. Mas será que entendemos mesmo como o tempo funciona? Graças a cientistas como Albert Einstein e Stephen Hawking, sabemos que muitas das noções que temos sobre o tempo estão erradas.

Na verdade, o tempo é muito mais complexo do que imaginamos, envolvendo conceitos como relatividade, espaço-tempo e até a possibilidade de dilatação temporal. Essas descobertas mostram que o tempo não é absoluto, nem sempre passa da mesma forma para todos, e pode até ser influenciado pela gravidade.

Confira abaixo cinco ideias erradas sobre o tempo – e como a ciência pode nos ensinar a enxergá-lo de outra maneira!

1. O tempo é absoluto – ele passa igual para todo mundo

Durante séculos, acreditamos que o tempo fluía de maneira constante, independente de onde estivéssemos ou da nossa velocidade. Mas Einstein mostrou, com a Teoria da Relatividade, que o tempo pode se expandir ou se contrair dependendo da velocidade e da gravidade.

Espiral do tempo
Imagem: liseykina / Shutterstock

Se você estiver viajando a uma velocidade próxima à da luz, o tempo passará mais devagar para você do que para alguém parado na Terra. Esse efeito, chamado dilatação do tempo, já foi comprovado com relógios atômicos colocados em satélites. Eles marcam um tempo diferente dos relógios na superfície da Terra e precisam ser constantemente ajustados para que tecnologias como o GPS funcionem corretamente.

A ideia de que o tempo é relativo pode mudar a forma como encaramos nossas rotinas. Muitas vezes, sentimos que o tempo passa mais rápido quando estamos ocupados e mais devagar quando estamos entediados – e isso faz sentido. Nossa percepção do tempo é influenciada pelo que estamos fazendo e pela nossa atenção.

2. O tempo é uma linha reta – e só vai para frente

Stephen Hawking popularizou a ideia da “seta do tempo”, que nos dá a sensação de que o tempo só avança. Mas, na verdade, as leis da física não proíbem que o tempo seja reversível em alguns contextos.

Imagem: gerada por inteligência artificial (Dall-E)/Nayra Teles

A segunda lei da termodinâmica explica que o Universo tende a ficar cada vez mais desorganizado, ou seja, a entropia sempre aumenta. Isso cria a ilusão de que o tempo só pode ir para frente. Mas, em nível quântico, algumas partículas se comportam de maneira que pode ser interpretada como uma viagem no tempo.

Isso nos faz pensar: será que o passado está realmente “fechado”? Muitas vezes, ficamos presos a arrependimentos ou preocupações sobre o que já aconteceu. Mas, na prática, estamos constantemente recriando nossas memórias e experiências. Ao perceber que o tempo não é tão fixo quanto imaginamos, podemos aprender a enxergar nosso passado de forma mais flexível e focar no presente.

3. O tempo “anda” no mesmo ritmo para todos

Já percebeu como alguns momentos parecem durar uma eternidade, enquanto outros passam num piscar de olhos? Isso não é apenas uma questão de percepção subjetiva – há uma base científica por trás dessa sensação.

Ilustração do Relógio do Juízo Final com ponteiros bem próximos de marcarem meia-noite
(Imagem: HE68/Shutterstock)

Nosso cérebro mede o tempo de maneira variável. Quando estamos em situações novas ou desafiadoras, sentimos que o tempo passa mais devagar porque nosso cérebro está absorvendo mais informações. Já quando estamos em uma rotina repetitiva, o tempo parece acelerar.

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Esse efeito também explica por que os anos de infância parecem mais longos do que os da vida adulta. Quando somos crianças, tudo é novidade. Conforme envelhecemos, nossas experiências se tornam mais previsíveis, e o tempo parece “voar”.

Se você sente que os dias estão passando rápido demais, tente buscar novas experiências e sair da rotina. Aprender algo novo, viajar ou mudar pequenos hábitos pode fazer com que o tempo pareça mais rico e significativo.

4. O tempo pode ser “perdido” ou “economizado”

Muitas pessoas falam em “ganhar tempo” ou “perder tempo”, mas isso é um erro de perspectiva. O tempo não é uma moeda que podemos guardar ou desperdiçar – ele simplesmente passa.

Homem na rua ajustando relógio por conta do horário de verão
Horário de verão estaria prestes a voltar após quase cinco anos (Imagem: Agência Brasil)

A tentativa de “economizar tempo” pode ser frustrante, porque muitas vezes tentamos fazer várias coisas ao mesmo tempo (multitasking), o que reduz nossa eficiência. Estudos mostram que alternar entre tarefas constantemente faz com que percamos mais tempo do que se focássemos em uma única atividade por vez.

Em vez de tentar “fazer mais em menos tempo”, o ideal é entender como usar o tempo com mais qualidade. Técnicas como “deep work” (trabalho profundo) e a priorização de tarefas podem tornar o tempo mais produtivo e menos estressante.

5. O tempo é apenas uma medida – ele não afeta nossa mente e corpo

Pensamos no tempo como algo externo, mas ele está profundamente ligado ao nosso corpo e à nossa mente. Nosso ritmo biológico (ciclo circadiano) é regulado pelo tempo e influencia nossa saúde mental e física.

Conheça a 'máquina do tempo' que estuda mudanças climáticas na Amazônia
(Imagem: Criada por DALL-E/Gabriel Sérvio/Olhar Digital)

Nosso corpo tem um “relógio interno” que regula o sono, a fome e a energia ao longo do dia. Alterações nesse ciclo – como trabalhar à noite ou dormir em horários irregulares – podem afetar nossa saúde e bem-estar.

Respeitar o tempo do seu corpo pode melhorar sua disposição e produtividade. Pequenos ajustes, como manter horários regulares de sono e exposição à luz natural, podem fazer uma grande diferença na sua energia e concentração.

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