Criança não registrada e depoimento do pai: veja novos desdobramentos do caso de mulher linchada em Rio Branco

Polícia deu novos detalhes sobre caso de mulher linchada em Rio Branco. Foto: assessoria/ PCAC.

O caso envolvendo a morte de Yara Paulino da Silva tomou novos desdobramentos. Nesta terça-feira (25), a Polícia Civil do Acre (PCAC) divulgou novas informações, durante coletiva de imprensa na Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), em Rio Branco.

O pai da criança, acusado pela mãe e ex-companheira de raptar o bebê, prestou depoimento à polícia. Ele negou a acusação e disse que estava preocupado com o sumiço da filha. Além disso, o bebê não foi registrado oficialmente no município, o que dificulta as investigações, segundo a polícia.

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“O pai dessa criança foi ouvido. A notícia que se tem é que essa criança teria sido raptada, há cerca de três semanas. Essa notícia foi veiculada pela própria mãe, agora, que está morta. E se dizia que o pai poderia ter sido o autor do rapto da própria filha. Isso não era de conhecimento das autoridades. Não tinha um boletim de ocorrência registrando esse desaparecimento. Tomamos conhecimento também que essa criança não foi registrada no seu nascimento e que, pelo o que o pai contou para nós, teria cerca de dois a três meses de vida e sem registro. Não tem um registro oficial de nascimento. (…) E até então os pais não voltaram para sanar esse problema e essa criança, pelo menos teoricamente, ela ainda não existe para os registros oficiais. E também não tinha um boletim de ocorrência relacionado a esse suposto desaparecimento”, esclareceu o delegado Alcino Júnior.

Localizar o bebê

O delegado explicou ainda que a polícia só teve conhecimento desses fatos nesta segunda-feira (24) e que, agora, o foco será de localizar a criança. “A partir desse momento, entra um outro capítulo que é, justamente, a localização desse bebê. Para nós, não é compatível que um filho desapareça e os pais não procurem as autoridades para que iniciem uma investigação imediata. E, como falei, para nós surgiu isso e não tínhamos conhecimento desse suposto rapto ou desaparecimento até ontem”, explicou.

Yara Paulino da Silva foi assassinada na tarde desta segunda-feira (24). – Foto: Arquivo pessoal

Versão do pai

O delegado Leonardo Ribeiro, responsável pelo caso, repassou informações sobre a versão do pai da criança, durante a coletiva. De acordo com ele, um dos motivos do homem não ter procurado a polícia em meio ao suposto desaparecimento do bebê seria porque a mãe da criança o acusava de rapto.

“Ele diz que, após a separação, que foi há duas ou três semanas, ele não teria visto mais a criança. Estava até com uma preocupação do que poderiam achar disso. Alega que não procurou a polícia após o desaparecimento pois um dos motivos seria esse, dela estar acusando ele de ter sequestrado a criança”, explicou Ribeiro.

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“Primeiramente, temos que tentar descobrir o que aconteceu com essa criança. Pelo o que parece, a criança existia sim. Só que o que dificulta um pouco é que, quem estaria com a criança na versão dele seria a mãe. E a mãe, infelizmente, veio a óbito em decorrência dessa notícia que foi espalhada. E também, pela criança não ter sido registrada, existe, mas não existe no papel, é uma coisa que dificulta a investigação para localizar essa criança”, finalizou.

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