Motorista que atropelou quatro corredores embriagada é solta sem fiança em Boa Vista

A Justiça de Roraima decidiu, neste domingo (30), liberar a motorista embriagada que atropelou quatro corredores na madrugada de sábado (29), na região do Bom Intento, em Boa Vista.

A condutora, uma propagandista médica de 26 anos, foi solta durante a audiência de custódia sem a necessidade de pagamento de fiança.

Em nota, a equipe expressou indignação com a soltura da motorista, destacando que a medida representa um precedente perigoso e enfraquece o combate à embriaguez ao volante.

Nota de repúdio da equipe Runners Team

“A Equipe Runners Team manifesta profunda indignação e repúdio à decisão da Justiça de Roraima de soltar a condutora que atropelou quatro atletas da equipe, deixando dois com fraturas nas pernas e um em estado gravíssimo em decorrência de um trauma craniano.

A condutora estava, de acordo com o relato de testemunhas e vídeos divulgados na internet, em flagrante estado de embriaguez ao volante, o que torna sua conduta ainda mais grave e irresponsável.

A soltura dela é um precedente perigoso e envia uma mensagem equivocada à sociedade: que a embriaguez ao volante e o risco de colocar a vida dos outros em perigo não têm consequências.

Não podemos aceitar que a justiça não priorize a segurança e a proteção da vida humana.

Esperamos que a Justiça de Roraima reconsidere a sua decisão. Além disso, que o trágico atropelamento sirva de alerta para que as autoridades competentes tomem medidas eficazes para combater a embriaguez ao volante e proteger a vida dos cidadãos.“

Caso segue em investigação

Apesar da liberação da motorista que atropelou os corredores, a Polícia Civil de Boa Vista continua investigando o caso. A perícia realizada no local coletou provas para auxiliar no andamento do processo. Testemunhas relataram que a condutora tentou fugir do local após o atropelamento e demonstrou deboche ao ser confrontada.

Ela se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas um exame clínico confirmou que estava sob efeito de álcool.

A mulher havia sido autuada em flagrante por lesão corporal culposa de trânsito e lesão corporal qualificada pela embriaguez ao volante, crimes que, na fase policial, não permitem fiança.

A expectativa agora é que o Ministério Público de Roraima (MPRR) avalie a decisão e tome as medidas cabíveis para garantir que o caso tenha um desfecho adequado.

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