Pessoas ficaram impressionadas ao descobrir o que são os pontinhos brancos nos morangos

Pessoas ficaram impressionadas ao descobrir o que são os pontinhos brancos nos morangos

Se você já parou para observar um morango de perto, provavelmente notou aqueles pontinhos brancos ou amarelados que cobrem sua superfície. A primeira impressão é pensar que são sementes, certo? Mas prepare-se para uma revelação surpreendente: aqueles pontinhos não são sementes, e sim frutos. Sim, você leu direito. Cada um daqueles pequenos detalhes é um fruto individual, e o morango que comemos é uma estrutura muito mais complexa do que parece.

Vamos começar desvendando o mistério dos pontinhos. Eles são chamados de aquênios — estruturas secas e minúsculas que abrigam uma única semente em seu interior. Ou seja, o que muitos consideram a “semente” do morango é, na verdade, um fruto completo. Essa característica não é exclusividade do morango. Plantas como o dente-de-leão, o girassol e até a cannabis também produzem aquênios. Algumas espécies, como o bordo e o ulmeiro, têm aquênios alados, que se espalham pelo vento. Mas no caso do morango, esses frutinhos ficam grudados na superfície carnosa que tanto apreciamos.

Agora, uma curiosidade ainda mais intrigante: o morango não é exatamente uma fruta no sentido botânico tradicional. Ele é classificado como um fruto agregado, formado pela união de vários aquênios em uma única estrutura carnosa. Essa estrutura vermelha e suculenta que chamamos de morango é, na verdade, um receptáculo floral dilatado — a parte da planta que sustenta as flores. Ou seja, quando você morde um morango, está consumindo uma parte modificada da flor que cresceu para proteger e nutrir os verdadeiros frutos: os aquênios.

Pessoas ficaram impressionadas ao descobrir o que são os pontinhos brancos nos morangos

E as sementes? Se os aquênios são frutos, onde elas estão? Cada aquênio guarda uma única semente em seu interior. No entanto, o morango não depende delas para se reproduzir. Em vez de espalhar sementes, a planta usa uma estratégia mais eficiente: os estolhos, popularmente conhecidos como “corredores”. Esses caules rastejantes crescem horizontalmente, criando novas mudas que se enraízam no solo. É assim que um pé de morango se multiplica, gerando clones de si mesmo. Esse método é tão eficaz que outras plantas, como a hortelã e a clorofita, também o utilizam.

Por que, então, os aquênios existem? A resposta está na evolução. Chris Gunter, professor de ciências hortícolas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, explica que as plantas desenvolvem diferentes estratégias para dispersar sementes. Algumas, como o dente-de-leão, contam com o vento. Outras, como o coco, usam a água. No caso do morango, os aquênios podem ser transportados por animais que comem a parte suculenta e liberam as “sementes” em outros locais. Apesar de não serem essenciais para a reprodução da planta, eles ainda representam um plano B evolutivo.

E quanto à classificação como “berry” (fruta vermelha, em inglês)? Aqui vai mais uma reviravolta: o morango não é uma baga verdadeira. Na botânica, frutas como uvas, tomates e até bananas se encaixam nessa categoria, pois se desenvolvem a partir de um único ovário e têm sementes internas. Já o morango, com seus aquênios externos e estrutura agregada, fica de fora do grupo.

Essas peculiaridades fazem do morango uma das plantas mais curiosas da natureza. Enquanto sua parte mais saborosa atrai humanos e animais, os aquênios garantem uma possível rota alternativa para perpetuar a espécie. E os estolhos? Eles são a prova de que, às vezes, a solução mais simples — como criar clones — é a chave para o sucesso evolutivo.

Da próxima vez que você pegar um morango, observe-o com atenção. Cada detalhe esconde milhões de anos de adaptação. E se alguém mencionar as “sementes” na superfície, você já sabe: aquilo é um conjunto de frutos minúsculos, testemunhas silenciosas de uma história botânica fascinante.

Esse Pessoas ficaram impressionadas ao descobrir o que são os pontinhos brancos nos morangos foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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