Médico é multado após tirar foto íntima de paciente em coma

Cirurgião foi punido pelo atoPiron Guillaume / Unsplash

Um cirurgião de Queensland, na Austrália, foi multado em US$ 10 mil (cerca de R$ 60 mil) por tirar uma foto do órgão genital de um paciente em coma, que teria uma suástica tatuada, e depois compartilhá-la em um grupo de WhatsApp. As informações foram divulgadas pelo New Zealand Herald na última semana.

O cirurgião, cujo nome foi omitido, estava tratando o paciente em um hospital regional do estado de Queensland, em abril de 2019. Uma bomba caseira havia explodido nas mãos do homem, que precisou ser internado na UTI.

Imagens compartilhadas

O paciente foi entubado e colocado em coma por uma semana, tempo em que foi tratado pelo médico. Durante os cuidados, o cirurgião “percebeu a tatuagem da suástica e a fotografou”, de acordo uma conclusão do Tribunal Civil e Administrativo de Queensland, obtida pelo NZ Herald.

O cirurgião compartilhou a foto com outros profissionais responsáveis ​​pelo tratamento no WhatsApp “ou em uma plataforma similar”, que não tinha “nenhum propósito clínico ou médico”.

Uma denúncia apresentada ao Gabinete do Provedor de Justiça da Saúde australiano, em dezembro de 2019, resultou na abertura de uma investigação, que posteriormente foi encaminhada ao tribunal médico.

Multado

Na decisão, o membro do Tribunal, Peter Murphy SC, classificou a conduta do cirurgião como antiprofissional e grave, ressaltando que o médico “se arrependeu imediatamente” de ter tirado a foto, aponta o NZ Herald.

“O paciente estava inconsciente e particularmente vulnerável”, afirmou Murphy. “A confiança depositada pelo paciente nos médicos que o tratam pode ser vista como particularmente aguda nessas circunstâncias.”

O tribunal que supervisionou o caso reconheceu que o cirurgião expressou arrependimento pelo compartilhamento da foto íntima. Ainda assim, o médico foi multado em 10 mil dólares e recebeu uma repreensão formal.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.