
Um caso envolvendo um namoro infantil entre uma adolescente de 13 anos e um menino de 11 chamou a atenção da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI) em Manaus.
A delegada Joyce Coelho, titular da unidade, destacou que a situação está sendo investigada não apenas como um possível ato infracional, mas também porque a adolescente envolvida já é vítima de exploração sexual.
Caso de namoro infantil e exploração sexual em Manaus
Conforme a autoridade policial, a menor de 13 anos foi aliciada pela própria mãe, que a vendia para um idoso.
“Com esse histórico, essa adolescente foi sexualizada de forma muito precoce, o que alterou seu comportamento”, explicou Joyce em redes sociais.
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Durante as investigações, familiares e a própria adolescente relataram que ela estaria “namorando” um menino de 11 anos do bairro.
Erotização precoce
A delegada alertou para a naturalização do chamado “namoro infantil”, em que adultos tratam como algo comum crianças e adolescentes com menos de 13 anos se relacionando afetivamente.

“As pessoas falam disso de forma muito natural, quando, na verdade, é preciso explicar à criança que isso não é possível. Até as brincadeiras podem ser prejudiciais, porque a criança acaba entendendo esse comportamento como normal e ultrapassa fases importantes do desenvolvimento”, afirmou.
Joyce ressaltou que a necessidade afetiva das crianças deve ser suprida pela família, amigos e brincadeiras, e não por relações que imitam o amor adulto.
“Nós, adultos, precisamos entender que não cabe a nós estimularmos comportamentos incompatíveis com o desenvolvimento afetivo e biológico da infância”, concluiu.
O caso segue em investigação, e as autoridades reforçam a importância de combater a erotização precoce e a exploração de menores.
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