A Brazil Tower, Cessão de Infraestruturas (BTC), registrou crescimento operacional em 2024, com avanço na implantação de torres e reorganização financeira. De acordo com as demonstrações financeiras divulgadas nesta sexta-feira, 11 de abril, a companhia encerrou o ano com 1.566 infraestruturas de telecomunicação instaladas, um aumento de 10% em relação a 2023.
A receita da empresa atingiu R$ 154,8 milhões, composta majoritariamente pela cessão de espaço em torres (R$ 153,6 milhões) e pela prestação de serviços de adequação de infraestrutura (R$ 986 mil). A receita líquida consolidada foi de R$ 148,6 milhões, frente aos R$ 120,2 milhões registrados no exercício anterior. O prejuízo líquido somou R$ 23,8 milhões, influenciado por despesas financeiras decorrentes das debêntures emitidas em 2023.
No período, a BTC seguiu com sua estratégia de financiamento por meio do mercado de capitais. A primeira emissão de debêntures simples, realizada em janeiro de 2023, no valor de R$ 500 milhões, foi utilizada para quitar empréstimos em dólar com partes relacionadas e estruturar o caixa da companhia.
Em março deste ano, 2025, conforme o relatório, a empresa concluiu uma segunda emissão de debêntures incentivadas, no valor de R$ 625 milhões. Os recursos foram direcionados à liquidação da emissão anterior (R$ 528,9 milhões). Houve ainda aporte de capital dos sócios, resultando em saldo de R$ 228 milhões, que serão destinados à construção de ao menos 500 novos sites em 2025 e 2026.
A empresa também consolidou aquisições estratégicas no ano passado. Em maio, passou a controlar a Ponto Sul Atividades Imobiliárias Ltda., focada na aquisição e gestão de direitos creditórios de arrendamentos de terrenos. Em julho, adquiriu 100% da Z Fiber Provedor de Acesso à Rede de Comunicação S.A., autorizada a prestar o Serviço de Comunicação Multimídia (SCM).
Com presença em mais de 500 municípios e atuação em todos os estados brasileiros, a BTC afirma estar estruturada para atender à crescente demanda por infraestrutura de rede, especialmente em função da expansão do 5G e da necessidade de adensamento das redes móveis. Segundo o relatório, 89,95% da receita da companhia é concentrada em poucos clientes, entre eles Vivo e Claro, que têm firmado contratos de longo prazo para cessão de espaço.
A gestão do passivo segue sob monitoramento. A dívida líquida da companhia ao final de 2024 era de R$ 472,6 milhões, com redução frente aos R$ 481,1 milhões registrados em 2023.
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