Almirante dos EUA alerta para impacto devastador de possível guerra entre China e Taiwan

O almirante Samuel Paparo, comandante das Forças Armadas dos EUA na região Indo-Pacífico, alertou o Comitê de Serviços Armados do Senado sobre as consequências catastróficas de uma possível guerra entre China e Taiwan. Segundo ele, o fechamento do estreito que separa os países, uma das principais rotas comerciais do mundo, poderia ser mais devastador para a economia global do que a Grande Depressão da década de 1930.​ as informações são do Instituto Naval dos EUA.

Paparo destacou que as ações militares agressivas da China em relação à ilha autônoma aumentaram 300%, caracterizando-as não como exercícios, mas como “ensaios” para uma possível tomada forçada. Ele também enfatizou a dependência dos Estados Unidos da produção de semicondutores em Taiwan, essenciais para a modernização e crescimento da economia americana.​

Almirante Samuel Paparo, chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA (Foto: picryl.com)

Em seu depoimento, o almirante afirmou que um conflito na região poderia resultar em uma redução de 25% no Produto Interno Bruto (PIB) da Ásia e uma queda de 10% a 12% no PIB dos Estados Unidos. Além disso, o desemprego norte-americano poderia aumentar entre sete e dez pontos percentuais acima dos níveis normais, e haveria cerca de 500 mil “mortes por desespero” adicionais.​

Paparo também alertou para o risco de proliferação nuclear, caso os Estados Unidos reduzam seu compromisso militar na península coreana e no nordeste da Ásia. Ele mencionou que países como Japão e Coreia do Sul poderiam considerar o desenvolvimento de seus próprios programas nucleares diante de ameaças chinesas e norte-coreanas.​

O almirante ressaltou a importância de manter a presença militar americana na Península Coreana, afirmando que a perda dessa força aumentaria a probabilidade de uma invasão por parte da Coreia do Norte. Ele também destacou a necessidade de fortalecer a capacidade de sustentação logística das forças americanas na região, incluindo a diversificação da frota de petroleiros e o uso de sistemas não tripulados para apoiar forças menores e mais dispersas.​

Durante a audiência, Paparo enfatizou que, mesmo com uma intervenção bem-sucedida dos Estados Unidos, o impacto seria “ainda um resultado grave”, com “muito sofrimento humano”. Ele concluiu destacando a importância de manter uma postura dissuasiva para evitar que adversários imponham custos significativos aos Estados Unidos e seus aliados.

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