Picolé de tilápia? Empresa do interior de SP cria sobremesa como alternativa de suplemento de proteína


Empresário de Santa Fé do Sul (SP), Ramon do Amaral Neto revelou que a receita foi pensada para uma premiação, mas decidiu iniciar a produção em massa devido à boa aceitação. Empresa de Santa Fé do Sul cria sobremesa como alternativa de suplemento de proteína
No ceviche, empanada, assada, frita, no pirão ou até na moqueca: quem não ama a tilápia? Conhecido pela versatilidade, o pescado é o principal ingrediente de um picolé, criado por uma empresa de Santa Fé do Sul (SP) como opção de suplemento de proteína para o mercado de alimentos saudáveis e funcionais.
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🐟 O picolé, que é o predileto quando o assunto é sobremesa que refresca, dessa vez, ganhou os holofotes pelo sabor incomum. Ao g1, o empresário Ramon do Amaral Neto, de 41 anos, revelou que a receita foi pensada para uma premiação, mas decidiu iniciar a produção em massa devido à boa aceitação.
Em outubro do ano passado, para “derrotar” os outros competidores no torneio, intitulado Seafood Innovation Show, Ramon sabia que precisaria inovar. Em 2023, a empresa foi campeã com a coxinha recheada com tilápia.
Empresa de Santa Fé do Sul (SP) cria sobremesa como alternativa de suplemento de proteína
Brasilian Fish/Divulgação
Por isso, criou o picolé à base do peixe, que une nutrientes com proteína, colágeno e ômega 3, em sabores como pistache, chocolate branco, meio amargo e morango. A sobremesa foi premiada com a segunda colocação na disputa.
A ideia, de acordo com Ramon, surgiu durante uma feira em 2017, em Boston (Estados Unidos), onde membros da empresa dele degustaram um sorvete de salmão. A partir da inspiração, durante os testes, o alimento foi adaptado para um picolé.
Empresário Ramon do Amaral Neto é produtor de tilápia em Santa Fé do Sul (SP)
Brasilian Fish/Divulgação
A repercussão foi tanta que Ramon revelou que começou a pensar no mercado de venda com produção em massa, para atender à demanda. A previsão é de que, a partir do segundo semestre, o produto esteja consolidado.
“Não imaginávamos que seria tão bom. Mas, estamos repensando o projeto, com a marca, porque agora vamos ter mais sabores. Nosso objetivo é mostrar a versatilidade da tilápia e como ela pode se transformar em uma sobremesa saudável”, comentou Ramon.
A aposta da empresa, conforme Ramon, está ligada à expansão do mercado de suplementos proteicos, uma vez que o sorvete tem oito gramas de proteína e zero açúcar, com o intuito de ser uma sobremesa sem gosto de peixe.
Atualmente, o picolé é comercializado em dez pontos de venda no interior de São Paulo, como redes de produtos naturais e academias, com preços que variam de R$ 7 a R$ 17, em especial em Santa Fé do Sul, onde a tilápia foi considerada o prato típico oficial da cidade. A expectativa é de que lancem mais três sabores neste ano.
Ramon é o CEO da Brazilian Fish, um projeto familiar de piscicultura que produz, abate e vende os peixes criados em um reservatório de Santa Fé do Sul, município localizado próximo à nascente do Rio Paraná, onde ficam cerca de 30 mil toneladas de tilápias em tanques.
Em Santa Fé do Sul, a tilápia é uma espécie de peixe que movimenta cerca de R$ 1 bilhão ao ano e gera mais de 1,5 mil empregos diretos e indiretos. Seja em bolinho, quibe, trouxinha, pururuca, filés resfriados, congelados com iscas, e, agora, em picolé, o CEO explicou que a tilápia é adorada pelos consumidores.
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