Paranaense vendeu flores na rua, roupas próprias e casa para conhecer o papa e recebeu cartas do pontífice: ‘Minhas orações foram ouvidas’


Josefa Schmit, de 62 anos, é ativista de doação de medula óssea e em 2019 foi ao Vaticano pedir ao Papa Francisco ajuda na divulgação da campanha. Paranaense vendeu flores na rua, roupas próprias e casa para conhecer o papa
Arquivo pessoal
Josefa Schmit, de 62 anos, é uma das paranaenses enlutadas pela morte do Papa Francisco que guarda memórias pessoais de experiências com o líder da Igreja Católica.
Moradora de Imbituva, na região central do Paraná, em 2019 ela viajou ao Vaticano para entregar uma carta ao Santo Padre, pedindo ajuda na divulgação da campanha de doação de medula óssea.
Para pagar a viagem, Josefa vendeu flores na rua, roupas próprias em bazares e até uma casa que possuía.
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O objetivo foi alcançado: uma das cópias da carta foi enviada em um correio exclusivo do Vaticano e outra foi entregue nas mãos do papa durante uma passagem dele pelas ruas do país.
A resposta superou as expectativas: as duas cartas foram respondidas por um assessor do papa, em nome de Francisco.
“É muito legal saber que ele respondeu, que as minhas orações foram ouvidas, e que eu consegui levar pra ele… que ele viu o meu projeto, que ele viu a minha causa”, conta a paranaense.
Paranaense recebeu cartas do papa
RPC
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Josefa perdeu uma familiar de quatro anos de idade para uma leucemia e é ativista da campanha de doação de medula óssea há cerca de 20 anos.
Quando viajou à Itália, levou uma camiseta da campanha e um cartaz, escrito em italiano. Segundo ela, um dos policiais que estava no local se comoveu e a ajudou a fazer a entrega da carta.
“Ele entendeu a importância da causa e meio que me ‘protegeu’ ali no meio da multidão, pra eu poder chegar até o papa. […] Quando entregamos a carta eu fiquei muito feliz, pulei, gritei…”, lembra.
Paranaense conseguiu entregar carta ao papa com ajuda de policial
Arquivo pessoal
Cerca de um mês depois a paranaense recebeu as respostas em casa. Nas cartas, enviadas pela Secretaria de Estado do Vaticano, o papa agradece o contato de Josefa e a abençoa.
Para a paranaense, o carinho e a atenção recebidos aumentam a sensação de luto pela morte do Papa Francisco.
“Eu não consegui ainda assimilar. […] É triste saber que a gente perdeu uma pessoa tão querida, que lutava pelas causas… que queria paz, e não guerra no mundo”, lamenta.
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