Comandante da PM investigado por venda ilegal de armas é nomeado secretário na Casa Militar de Roraima

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O coronel Miramilton Goiano de Souza foi exonerado do cargo de comandante-geral da Polícia Militar de Roraima e nomeado secretário da Casa Militar do estado na última segunda-feira (28).

Ele é investigado pela Polícia Federal (PF) por supostamente liderar um grupo de policiais envolvidos na venda ilegal de armas e munições.

Comandante é nomeado secretário na Casa Militar de Roraima

Com a exoneração de Goiano, o coronel Overlan Alves assume o comando-geral da Polícia Militar de Roraima.

Enquanto isso, o coronel Ilmar Soares, que antes ocupava a Casa Militar, passa a exercer a função de adjunto.

A mudança foi confirmada ao g1 e será publicada no próximo Diário Oficial do Estado (DOE). Miramilton Goiano ocupava o cargo de comandante-geral da PM de Roraima desde fevereiro de 2023, quando foi nomeado pelo governador Antonio Denarium (PP).

A investigação da PF, envolve o coronel Goiano e o deputado estadual Rarison Barbosa (PMB), que são suspeitos de vender armas e munições ilegalmente.

Goiano é apontado como líder do grupo, enquanto Barbosa seria o comprador. No entanto, ambos negam as acusações.

Investigações

A investigação revelou que Miramilton teria contado com o apoio de seus filhos, Renê e Reniê Pugsley de Souza, ambos policiais penais, na prática das vendas ilegais.

Ademais, o nome de Goiano surgiu após a prisão de um homem em Pacaraima, em 2023, com uma arma. A investigação indicou que um tenente, em nome do coronel, havia tentado recuperar a arma, o que despertou suspeitas.

Além disso, Goiano também é investigado pela Polícia Civil por possível envolvimento no assassinato do casal de agricultores Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim de Souza, no crime conhecido como “Caso Surrão”.

Por fim, durante sua gestão, ao menos 100 policiais militares passaram a ser investigados pelo Ministério Público por crimes como envolvimento com milícias, colaboração com garimpeiros, roubo, tortura, sequestro, tráfico e homicídios.

*Com informações do g1 Roraima

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